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Familiares de Anderson e Marielle consideram prisões 'um grande passo dado'

Amigos também comentam sobre a descoberta dos envolvidos

Por Leonardo Pimenta em 13/03/2019 às 09:54:43

Familiares de Anderson e Marielleaguardam o pronunciamento da Polícia Cívil de que dois ex-policiais militares foram os assassinos de seus parentes. Foto: Divulgação

Os familiares de Marielle Franco e Anderson Gomes se pronunciaram na tarde desta terça (12) em uma coletiva no Ministério Publico do Rio de Janeiro sobre a revelação pela Polícia Cívil de que dois ex-policiais militares foram os assassinos de seus parentes.


Segundo Aniele Franco, irmã de Marielle, foi uma mistura de sentimentos a descoberta dos assassinos e um passo grande dado para que se consiga descobrir os mandantes do crime. Ela acrescentou que é um vazio muito grande a perda da irmã e difícil saber que o crime praticado foi por ódio pelo que Marielle defendia.

O pai de Marielle Franco, Antônio Francisco da Silva Neto, agradeceu o empenho e o apoio do Ministério Público e comentou que foi dado um grande passo com a prisão dos dois policiais e que o próximo passo é a condenação. Ele acrescentou que um indivíduo que age de maneira covarde sem dar chance de defesa para as pessoas que estavam no veículo não merece estar na sociedade. Francisco disse ainda que eles conseguiram calar a Marielle, mas não a família, que continuará lutando pelos direitos humanos.

Já a esposa de Anderson Gomes, Ágatha Arnaus Reis disse que o que aconteceu foi um divisor de águas e que a prisão dos ex-policiais é só o começo e que muita coisa tem que ser descoberta para pôr um fim ao sofrimento. Ela acrescentou que o crime vai além dos acusados e que é necessário descobrir se o crime teve ou não um mandante.  

Após o pronunciamento sobre a descoberta que os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz foram os assassinos de Anderson e Marielle, os familiares falaram um pouco da história de cada um e de suas lutas do dia a dia. 

Amigos de Marielle também se pronunciam sobre a descoberta dos assassinos:

Os deputados federais Marcelo Freixo eTalíria Petrone e o vereador Tarcísio Motta, amigos de Marielle Franco e integrantes do PSOL, falaram nas redes sociais sobre a prisão dos assassinos.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), amigo de Marielle Franco, disse em uma rede social que “quem matou Marielle e Anderson não foi apenas a pessoa que apertou o gatilho. Quem matou foi quem planejou e contratou a sua morte. Foi quem, politicamente, desejou eliminar Marielle. Precisamos saber quem foi e qual foi a sua motivação. A execução de Marielle não é mais importante porque ela é de esquerda ou porque era do PSOL. A questão é que há um grupo político no Rio de Janeiro, em pleno século XXI, capaz de matar como forma de fazer política. Isso é inaceitável.”

O vereador Tarcísio Motta (PSOL) também se manifestou em uma rede social e lembrou que, no próximo dia 14 fará um ano do assassinato.“Quem mandou matar Marielle? Essa é a pergunta que continuamos fazendo e ela ainda não foi respondida. Por isso, nossa insistência em saber a quem interessava a morte de uma mulher eleita. Enquanto não forem revelados os motivos deste crime político. Nesta quinta (14), completará um ano que nos tiraram Marielle. Estaremos todas e todos nas ruas exigindo justiça por nossa companheira e seu motorista, Anderson Gomes. Não nos calarão.“

A deputada federal Talíria Petrone(PSOL) também fez um comentário em uma rede social sobre a prisão dos assassinos de Marielle e Anderson:

“Faltando dois dias para completar um ano do assassinato político de Marielle e Anderson, teve deputado hoje que, fazendo política com ódio, quis manchar sua memória. Sabemos quem apertou o gatilho, mas ainda perguntamos quem deu a ordem. Mas não nos calarão e não recuaremos. Eles estão com a morte e nós estamos com a vida. Por Marielle e todas que vieram antes de nós!”





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