O diabetes na infância apresenta desafios complexos, afetando não só a vida da criança, mas também a dinâmica familiar. É crucial compreender e oferecer suporte abrangente, considerando aspectos médicos, emocionais, educacionais e sociais. Lidar com essa condição crônica requer uma abordagem completa, envolvendo tratamentos, educação contínua e suporte emocional para uma melhor qualidade de vida das crianças afetadas e suas famílias.
O diagnóstico desta enfermidade é realizado a partir da avaliação de um profissional de saúde por meio de exames laboratoriais como glicemia de jejum, hemoglobina glicosilada e teste de tolerância oral. Segundo Luiz Carlos França, especialista em Saúde da Criança e do Adolescente e professor do curso de Enfermagem da UNINASSAU Rio de Janeiro, os principais sintomas na infância aparecem quando o jovem sente muita sede, perde peso muito rápido, possui muita vontade de fazer xixi, tem dificuldade em enxergar e tem muita fome. No entanto, esses sintomas, às vezes, não ficam muito claros, principalmente se o pequeno não souber falar ainda.
Isso reforça a necessidade de conscientização e atenção constante dos pais e/ou responsáveis, pois caso haja a percepção desses sinais, o menor deve ser encaminhado imediatamente para o médico. É importante garantir que a criança compreenda a importância do tratamento e se sinta apoiada. Porém, é igualmente importante que os cuidadores saibam a origem e prosseguimento da enfermidade.
Além disso, de acordo com Luiz, algumas complicações crônicas são decorrentes principalmente do controle inadequado, do tempo de evolução e de fatores genéticos da doença. “As complicações crônicas microvasculares englobam a nefropatia diabética (lesão renal), a retinopatia diabética (lesão da retina) e a neuropatia diabética (lesão nos nervos periféricos, como mãos e pés). Feridas que demoram para cicatrizar, visão embaçada, infecções frequentes na bexiga, rins e pele também são comuns”, explica.
Para o tratamento, o profissional de saúde destaca as principais maneiras de combater os dois tipos da doença. “O tipo 1 deve ser tratado com a administração de insulina, já que o organismo - por si só - não é capaz de produzir o hormônio. Além disso, o processo necessita de uma dieta e rotina de exercícios adequados ao paciente. Já o método para a diabetes mellitus tipo 2 é alicerçado no controle da glicemia por meio do uso de medicamentos (uso oral e/ou injetável) e pela mudança no estilo de vida, com prática regular de exercícios físicos e seguimento de plano alimentar balanceado”, afirma Luiz.