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"Fã de camiseta"

Ana Carolina canta Cássia Eller no Vivo Rio

Turnê “Ana Canta Cássia - Estranho Seria Se Eu Não Me Apaixonasse Por Você” está rodando o Brasil


Foto: Divulgação

Ana Carolina está de volta ao Vivo Rio com a turnê “Ana canta Cássia – Estranho Seria Se Eu Não Me Apaixonasse Por Você”. Será mais uma chance para assistir ao vivo o show que está viajando por todo o país. O espetáculo acontece no dia nesta sexta-feira (22).

O show é inteiramente dedicado ao repertório de incontáveis sucessos da, até hoje, inigualável Cássia Eller, revisitados na voz de uma das mais importantes cantoras da Música Popular Brasileira.

Mais do que cantar o repertório de Cássia, Ana faz uma viagem pessoal no tempo e finaliza com algumas canções da sua própria trajetória como ‘Garganta’, ‘Quem de Nós Dois’, ‘É Isso Aí’ e ‘Elevador’. A turnê é uma conexão direta com a jovem garota mineira, que aos 16 anos ouviu Cássia pela primeira vez, apaixonou-se e nunca mais deixou de ser fã de camiseta, como se define.

“São sentimentos muito contraditórios quando penso neste show. Primeiro, jamais imaginei que seria possível um dia poder cantar o repertório da Cássia. Obviamente era um sonho íntimo, desde antes do início da minha carreira. Quis o destino que, em 2022, quando Cássia faria 60 anos, esse projeto surgisse e fosse sugerido justamente para mim”, diz Ana Carolina.

Influência e acolhimento

Tudo começou no ano de 1990, quando a jovem Ana Carolina Souza, com apenas 16 anos, moradora de Juiz de Fora, ouviu “Cássia Eller – Disco 1”, álbum de estreia da cantora carioca. Até hoje é um dos prediletos de Ana. O impacto foi imediato. “Eu tive a certeza, naquele momento, que aquela voz potente vinha pra ficar pra sempre e que jamais haveria outra igual”, relembra Ana Carolina.

“Tudo no universo musical da Cássia me influenciou. Aquela voz feminina com tanta presença e personalidade. Eu dava meus primeiros passos na música e não tenho a menor dúvida que dali tirei muito da minha formação musical e do que achava ser importante ter nas canções e no palco. Não sei se é verdade ou não, mas existe uma história meio folclórica que, anos depois, quando gravei meu primeiro disco, as pessoas ouviam ‘Garganta’ e grande parte delas achava que era a própria Cássia cantando. Acho isso engraçado, claro, mas também fico extremamente honrada”, se diverte.

A influência de Cássia no DNA de Ana extrapola o universo artístico e tem profundidade no âmbito pessoal. Foi Cássia, a primeira figura pública assumidamente bissexual, que serviu de espelho para que a ainda jovem mineira também se entendesse e futuramente se tornasse referência para tantas pessoas quando o assunto é sexualidade.

“Era absolutamente lindo, ainda em 1990, uma mulher tão à frente do seu tempo, com uma postura libertária e sem a preocupação do que as pessoas pensavam dela e de sua sexualidade. Isso tudo colocado com imensa naturalidade. Eu via aquela potência e pensava: ‘Ela me representa’. Ali também comecei a me entender, entender minha sexualidade. Comecei a entender que poderia naturalmente namorar também com meninas, sem me preocupar com o que os outros achavam. Foi libertador.”, relembra. “Hoje ouço muitas vezes de fãs e mães de fãs como minha postura ajudou suas famílias a lidarem com a questão. Fico feliz em fazer parte disso e me dar conta que o meu próprio ciclo começou justamente com a referência tão incrível da Cássia”.

Anos mais tarde, em 1997, quis o destino que Cássia Eller tomasse conhecimento do trabalho da estreante cantora Ana Carolina que, numa ida ao Rio de Janeiro, acabou sendo acolhida por seu ídolo de maneira generosa em sua própria casa. “Aquele gesto simples reverbera em mim até hoje. Eu chegava no Rio para um show e a Cássia cedeu espaço para mim dentro de seu apartamento. Era o começo da minha carreira e tudo era muito difícil. Tão difícil que ela ainda fez questão de contratar meu primeiro roadie, para carregar e afinar o violão para este show. Eu não estava sequer habituada com isso ainda. Foi inesquecível vê-la na plateia torcendo por mim”, diz.

No ano seguinte, Ana Carolina gravou seu primeiro álbum (lançado em abril de 1999) e começou a escrever a história de uma das mais bem sucedidas carreiras da MPB recente. “Essa turnê que faço hoje é muito mais que uma merecida homenagem. É sobre acolhimento. Cássia me acolheu como fã, como jovem buscando entender meu lugar no mundo e finalmente como artista. Se eu pudesse falar uma única frase para ela hoje, seria justamente essa: 'estranho seria se eu não me apaixonasse por você'”.

Um show em cinco atos

Dirigido por Jorge Farjalla, “Ana canta Cássia – Estranho Seria Se Eu Não Me Apaixonasse Por Você” tem um esqueleto teatral ao passear por cinco atos, que serão conduzidos por músicas que remetem a cada um deles: “Cartas”, logo na abertura do show, traz canções que se comunicam em estado de poesia pura; “Palavras” começa a investigar outros universos das duas cantoras, incluindo a paixão mútua pelo samba; “Sabotagem” é um momento da Cássia debochada e cheia de questionamentos sobre o status quo, enquanto “Girassol” traz de volta a delicadeza para a coroar a celebração. O último bloco é, claro, um bis cheio de surpresas que serão desvendadas com a estreia da turnê.

Ana Carolina se apresenta ao lado de uma banda composta Juliano Valle (teclados, programações, voz), Theo Silva (guitarras e violões), Lancaster Pinto (baixo e voz), Thiago Faria (violoncelo e voz), Cesinha (bateria, cajon, Kokoriko e voz), Leonardo Reis (percussão, cajon, Kokoriko e voz).

Para chegar no repertório, Ana Carolina estudou a extensa discografia por meses até chegar num set list ideal que retratasse a grandeza de Cássia Eller. “Tocamos as versões originais à exaustão para entender minuciosamente cada uma delas. Só aí que começamos a repensar em arranjos, para trazer uma releitura que conversasse comigo e que não renunciasse o DNA de Cássia em nenhum momento”.

“Dentro do meu universo, espero com essa turnê retribuir de alguma forma todo o carinho e acolhimento que recebi da Cássia. Meu desejo é que essa obra e artista tão potentes se mantenham vivas, conheçam novos públicos e que permaneçam sempre no imaginário do brasileiro. Cássia merece todo nosso amor”, finaliza.

Sobre Ana Carolina
Cantora, compositora, arranjadora, produtora, instrumentista, musicista e artista plástica, Ana Carolina lançou seu primeiro disco em 1999. Hoje, sua carreira já inclui 12 álbuns, seis DVDs e mais de cinco milhões de discos vendidos. Entre outros, ganhou sete vezes o Prêmio Multishow de Música Brasileira, três vezes o Troféu Imprensa e uma vez o Prêmio TIM de Música. O primeiro grande sucesso, “Garganta”, viria já no primeiro álbum. Depois dele, emplacou cerca de 30 singles nas paradas brasileiras.

As composições da artista já foram gravadas por nomes importantes como Maria Bethânia, Gal Costa, John Legend, Esperanza Spalding, Chiara Civello, Jorge Vercillo, Mart’nália, Zizi e Luiza Possi, Pedro Camargo Mariano, Preta Gil, entre outros. Em suas composições fez parcerias com Seu Jorge, Luiz Melodia, Gilberto Gil e Guinga, entre muitos outros.

Em 2009, quando completou 10 anos de carreira, lançou o álbum “N9ve”, no qual destaca-se a canção “Entreolhares (The Way You’re Looking at Me)”, em um dueto com o cantor, compositor e pianista americano John Legend. A canção alcançou o topo da Billboard Hot Songs (Rio de Janeiro), e o 34° na Billboard Hot 100 Airplay.

Em 2019, Ana Carolina lançou seu mais recente álbum, “Fogueira em Alto Mar”, primeiro trabalho de inéditas em pouco mais de seis anos. Ele reflete toda a excelência, empenho e musicalidade que a deixaram conhecida no mercado nacional e internacional.

Em 2022 saiu em turnê nacional do projeto “Ana canta Cássia – Estranho Seria Se Eu Não Me Apaixonasse Por Você” em que celebra a obra inigualável de Cássia Eller no ano em que faria 60 anos.

Atualmente, Ana Carolina contabiliza cerca de seis milhões de seguidores em suas redes sociais.

Sobre Cássia Eller
Cantora, compositora e multi-instrumentista brasileira. Foi uma das maiores representantes do rock brasileiro dos anos 90 e eleita a 18ª maior voz e a 40º maior artista da música brasileira pela revista Rolling Stone Brasil. Lançou cinco álbuns de estúdio em vida: Cássia Eller (1990), O Marginal (1992), Cássia Eller (1994), Veneno AntiMonotonia (1997) e Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo (1999). Seu sexto álbum de estúdio, Dez de Dezembro (2002) foi lançado postumamente. O álbum mais bem-sucedido de Cássia foi o Acústico MTV (2001), com mais de um milhão de cópias vendidas e um prêmio Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock.

Cássia morreu aos 39 anos, em 29 de dezembro de 2001, após um infarto do miocárdio causado por uma malformação de seu coração.

Serviço
Ana canta Cássia
Evento: “Ana canta Cássia – Estranho Seria Se Eu Não Me Apaixonasse Por Você”
Data: 22 de dezembro, sexta-feira.
Horário: às 22h (a casa abre 2h antes)
Local: VIVO RIO - Avenida Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo - Rio de Janeiro
Ingressos:
Site Vivo Rio (www.vivorio.com.br) e bilheteria que funciona em dias de espetáculos das 16h até o início do evento e pelo totem que se encontra no foyer, em dias de shows até o fechamento da casa, em até 12 vezes no cartão.
Classificação etária: 18 anos



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