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Por que é tão importante vacinar as crianças em pleno século 21?

Doenças consideradas erradicadas voltaram a ser motivos de preocupação

Por Portal Eu, Rio! em 28/03/2019 às 10:05:00

Foto: Pixabay

No final do século XVIII, o médico inglês Edward Jenner desenvolveu uma nova técnica para prevenir a contaminação por varíola e, já naquele período, nascia uma das primeiras formas de vacina.Hoje em dia, o mundo está livre da doença e a sua erradicação é considerada uma das maiores conquistas da saúde pública internacional.Mesmo depois de tantos anos, com inúmeros avanços tecnológicos e novas descobertas na medicina, a vacinação ainda é uma das melhores formas de proteção contra diversas doenças sérias.

Em 2017, oBrasil registrou os mais baixos índices de vacinação em mais de 16 anos. No ano seguinte, em 2018, doenças eliminadas ou com baixa circulação no país, como o sarampo, a difteria e a poliomielite, voltaram a ser motivo de preocupação, devido à baixa cobertura vacinal.Ainda em 2018, mais de 80 mil casos de sarampo foram registrados na Europa, com cerca de 72 mortes registradas e grande número de hospitalizações.

"Embora algumas doenças tenham diminuído a circulação pelo mundo, elas não desapareceram. Se pararmos de vacinar, doenças imunopreveníveis podem retornar.Por isso, é importante que a população mantenha a caderneta atualizada ao longo da vida, mesmo contra doenças que não vemos mais com tanta frequência. A depender do agente infeccioso, basta a entrada de um viajante infectado de outro país, onde uma doença não foi eliminada, para desencadear um surto",explica o infectologista Jessé Alves.

Outra doença séria que merece atenção é a meningite meningocócica. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2018, foram registrados 1.060 casos no Brasil, sendo que as regiões Sudeste (566 casos) e Sul (210 casos) apresentaram os maiores números de casos notificados.Considerada uma doença endêmica no Brasil, com casos esperados ao longo de todo o ano, a meningite meningocócica é uma infecção bacteriana das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo causar sequelas e até mesmo levar a óbito. A vacinação é uma das melhores formas de prevenção contra a doença. Outras formas para a prevenção incluem evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.

Proteção coletiva

As vacinas reduzem o risco de infecção, evitam o agravamento de doenças, internações e até mesmo óbitos, estimulando as defesas naturais do corpo, ajudando-o a desenvolver a imunidade.Além disso, quando altas coberturas vacinais são atingidas, os efeitos benéficos da vacinação contra algumas doenças não estão limitados somente às pessoas que foram imunizadas.A vacinação em massa permite, na maioria das vezes, não somente proteção individual, mas também a proteção de toda a população, reduzindo a incidência de doenças e impedindo a transmissão para pessoas suscetíveis.

"Alguns bebês e crianças não podem receber determinadas vacinas devido a alergias graves, sistemas imunológicos debilitados e outras razões. Para ajudar a mantê-los protegidos e evitar a disseminação de doenças, é importante que as outras pessoas que estão em volta deste bebê sejam imunizadas",afirma Dr. Jessé.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação em massa evita entre 2 a 3 milhões de mortes por ano.O Ministério da Saúde orienta a vacinação das crianças de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e todas as vacinas recomendadas no PNI estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) possuem calendários de vacinação com recomendações que complementam o PNI, abrangendo também vacinas que atualmente só estão disponíveis na rede privada para a imunização das crianças e jovens.

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