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Portela narra batalha contra escravidão, de mãe para filho, e leva Estandarte de Ouro

Escola emociona com presença no desfile de mães que perderam filhos para a violência

Por Portal Eu, Rio! em 13/02/2024 às 01:39:59

Foto Divulgação /Portela

"Um Defeito de Cor", dos carnavalescos Antônio Gonzaga e André Rodrigues, inspirado no livro de Ana Maria Gonçalves, que retrata uma obra baseada na vida de Luísa Mahin, figura importante na história brasileira, foi o enredo da Portela, no desfile desta segunda-feira (13). A escola de Madureira, maior vencedora do Carnaval com 42 títulos, garantiu o Estandarte de Ouro, conferido pelas Organizações Globo.

A Portela apresentou o enredo “Um defeito de cor”, baseado no livro homônimo de Ana Maria Gonçalves. No romance, Kehinde, mulher escravizada na África, que viveu boa parte da vida no Brasil, procura um filho perdido, que seria Luiz Gama, famoso abolicionista, jornalista, poeta e advogado brasileiro. Os carnavalescos Antônio Gonzaga e André Rodrigues propuseram uma continuação ou outra perspectiva da história.

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre o segundo dia de desfiles do Grupo Especial, em que a cultura negra e a resistência à escravidão e ao preconceito tiveram destaque.

No samba, é Luiz Gama que escreve uma carta para a mãe e expressa orgulho pela trajetória de luta e resistência. E destaca que o afeto e o amor da mãe foram essenciais na vida dele. A ideia geral é homenagear a ancestralidade feminina negra. Falar de gerações de escravizados, lutas de libertação e das mães negras que construíram o país.

"O enredo da Portela para o Carnaval 2024 é uma grande exaltação ao matriarcado negro brasileiro. É a história de todas as mulheres negras que lutam para sobreviver e construir essa nação", explicou Antônio Gonzaga.

A escola levou para o desfile algumas mulheres negras que perderam os filhos para a violência no Rio, como Marinete da Silva, mãe da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018; ou Jackeline Oliveira, mãe de Kathlen Romeu, grávida morta no Lins, em 2021.

Personalidades também marcaram presença no desfile da escola, como o ator Lázaro Ramos e o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida que representaram Luis Gama, Patrono da Abolição da Escravidão do Brasil, que era filho de Luísa Mahin. As atrizes Taís Araújo e Sheron Menezes, o humorista Paulo Vieira e a apresentadora Adriane Galisteu também estiveram presentes.

Mesmo bonita, a escola teve alguns problemas em alegorias que podem fazê-la perder pontos. O segundo carro da agremiação teve esculturas retiradas durante o desfile. Praticamente todas as alegorias tiveram dificuldades para entrar na Sapucaí atrapalhando a evolução.


Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Com Agência Brasil

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