O rendimento domiciliar per capita no Brasil ficou em R$1.893 por mês, no ano passado. Foram R$ 268 a mais do que em 2022, uma alta de 16,5%. No entanto, o IBGE, responsável pelo levantamento, verificou grandes desigualdades pelo país.
O maior valor foi verificado no Distrito Federal: mais de R$ 3.300. O economista e professor de finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais, Gilberto Braga, explica que isso se deve ao grande contingente de servidores públicos que vivem na capital federal.
"Nas demais cidades, a gente ver um peso relativo bastante grande do salário mínimo que ainda é utilizado como principal referência de remuneração. Então quando você pensa em funcionalismo público, os cargos concursados eles tendem a partir já de um valor superior ao mínimo. Isso puxa a média do Distrito Federal para cima, ficando maior do que as demais cidades pesquisadas da Pnad", explica o economista.
Na outra ponta, estava o Maranhão, onde o rendimento mensal não chegou a R$ 950. Mas este foi o único estado brasileiro em que o cálculo ficou abaixo de R$ 2.000.
Em 11 estados, ele variou entre R$ 1.095 e R$ 1.425. E em apenas oito unidades federativas foi superior a R$ 2.000, entre elas as três da Região Sul; mais São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal.
Ainda de acordo com o IBGE, as Regiões Norte e Nordeste concentraram todos os menores rendimentos per capita em 2023.
O cálculo feito pelo IBGE considera todos os tipos de rendimento, incluindo aqueles obtidos com o trabalho e os que vêm de outras fontes, como aposentadorias, pensões e programas de transferência de renda.
Fonte: Agência Brasil