Os seis anos dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foram marcados por um ato nas escadarias da Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, nesta quinta-feira (14). A manifestação foi promovida pela vereadora Mônica Benício, viúva de Marielle Franco, que destacou o fato de, até hoje, o mandante do crime, assim como a sua motivação, ainda não terem sido descobertos. A expectativa é que os ex-PMs Ronnie Lessa e Elcio de Queiroz, acusados de participação no crime, serem levados a júri popular ainda este ano.
Além da manifestação em frente à Câmara, foi realizada uma missa na Igreja Nossa Senhora do Parto, também no Centro, e outro ato por Justiça no tradicional Buraco do Lume, onde fica a estátua em homenagem à Marielle Franco. Os manifestantes seguiram em passeata desse ponto até a Casa Legislativa. A militância do PSol, partido que Marielle foi eleita vereadora em 2016, com mais de 46 mil votos, também organizou movimentos em vários bairros da cidade, com a colocação de faixas e cartazes para lembrar das execuções e pedido por Justiça.
Assista na reportagem da Web TV Eu, Rio! o depoimento da vereadora Mônica Benício sobre os seis anos de morte da vereadora Marielle Franco e também do motorista Anderson Gomes.
Investigações no STF
As investigações das execuções chegaram ao Superior Tribunal Federal (STF) na quinta-feira (14), exatamente no dia que completou seis anos dos assassinatos. O ministro Alexandre de Morais será o relator do inquérito que apura os mandantes dos assassinatos.
O curso do processo para o STF pode indicar que um dos suspeitos tenha foro privilegiado, ou seja, de uma autoridade como ministro de estado, deputado, senador ou vereador.