PM se silencia sobre denúncia do MP de que milicianos teriam recebido suspeitas no BEP

A Polícia Militar ficou em silêncio sobre a denúncia do Ministério Público Estadual à Justiça de que milicianos do Rio das Pedras, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, que estavam presos no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói, poderiam estar recebendo informações privilegiadas sobre os negócios da quadrilha de um PM da ativa.

Por causa desta denúncia, a Justiça determinou que o tenente PM Maurício da Silva Costa, o Maurição, vá para o presídio de segurança máxima Bangu 1 e não retorne ao BEP. Um sobrinho do oficial, de codinome Fabinho, estaria levando e trazendo informações para ele.   Esta mesma pessoa já teria visitado outro envolvido com o grupo paramilitar que também esteve preso no BEP, o major da PM Ronald Paulo Alves Pereira, que foi transferido para um presídio federal.

Logo após ter sido preso e ido para o BEP, a defesa informou que Maurição apresentava estado de saúde delicado  tendo já sofrido infarto agudo do miocárdio; é diabético (diabetes Mellitus, dependente de insulina, ostentando outras complicações especificadas); com pressão arterial, de 18 por 10. Com isso, ele foi removido para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM) sob rigorosa vigilância, A ida do oficial para o HCPM suspendeu por ora sua transferência para um presídio federal de segurança máxima.

Maurição, no entanto, recebeu alta e a Justiça determinou que ele fosse para Bangu 1 em vez do BEP. É aguardada agora uma decisão sobre sua transferência para uma unidade federal.

"Em hipótese alguma, o tenente Maurício Silva da Costa deve retornar ao Batalhão Especial Prisional – BEP. Após alta hospitalar, ele deve ser transferido para o estabelecimento prisional Bangu 1, coibindo-se, assim, eventual contato com outros integrantes da organização criminosa que, segundo o Ministério Público, tem ele como um de seus líderes. ", dizem os autos

Questionada pelo Portal Eu Rio sobre a denúncia desde a última quinta-feira (4), a PM, encarregada de administrar a unidade, não respondeu até agora.

Maurício é acusado de envolvimento com grilagem; construções de imóveis; venda e locação ilegal de imóveis; receptação de carga roubada; posse e porte ilegal de arma de fogo; extorsão a moradores e comerciantes territorial das comunidades de Rio das Pedras e da Muzema; ; lavagem de dinheiro; falsificação de documentos públicos; pagamento de propina a agentes públicos; agiotagem, valendo-se, ainda, do uso da força como meio de intimidar e demonstrar poder e dominação.

No BEP, está preso o ex-governador do Rio Luiz Fernando Pezão e onde esteve recentemente o também ex-governador fluminense Moreira Franco,