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Mulher que teve corpo incendiado em estação de trem em Campo Grande é sepultada

Corpo do ex-marido, apontado como autor do crime, ainda não foi encontrado

Por Cláudia Freitas em 13/04/2024 às 18:34:21

Michelle teve 90% do corpo queimado. Foto: Reprodução Rede Social

O corpo da técnica de enfermagem Michelle Pinto da Silva, que morreu após ser incendiada em uma estação de trem de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, foi sepultado neste sábado (13), no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte. Michele morreu na última quarta-feira (10), no Hospital Pedro II, em Santa Cruz, onde deu entrada com 90% do corpo queimado. O autor do crime, ocorrido na última segunda-feira (08), foi identificado pela Polícia Civil como Edmilson Félix do Nascimento, de 44 anos, ex-marido da vítima. Após ele atacar a mulher, teria ingerido veneno e se atirado da Ponte Rio-Niterói. No entanto, o corpo de Edmilson ainda não foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros e as buscas seguem na Baía de Guanabara.

Segundo o primo de Michele, Wagner Montazo, Edmilson não estava aceitando a separação recente do casal. Em março, ele teria invadido a casa da técnica de enfermagem e quebrado vários móveis. A vítima tinha uma medida protetiva contra o ex-companheiro e, na segunda-feira, ela havia deixado a filha do casal na casa da ex-sogra, sendo seguida por Edmilson até a estação de trem, onde aconteceu o crime.

"Fez tudo premeditado [se referindo à Edmilson]. Trocou a escala de serviço sabendo que a Michelle iria levar a filha deles para casa da sogra, mãe do Edilson. Ele inventou que estava fazendo umas colunas na casa dele, que não poderia trabalhar na segunda, e foi trabalhar no domingo. Esse assassino é um manipulador e um perigo para sociedade. É um homem articuloso, não teve compaixão com a própria mãe da filha dele. Fui ao IML reconhecê-la, mas estava irreconhecível! A única coisa que deu para identificar era a tatuagem que tinha no braço direito", desabafou Wagner.

Michele deu entrada no Hospital Municipal Rocha Faria, também em Campo Grande, logo após o acidente, apresentando queimaduras graves em mais de 90% do corpo. Ela precisou passar por uma cirurgia de emergência. No dia seguinte, foi transferida para o Hospital Municipal Pedro II, que tem uma ala especializada nesses casos, mas não resistiu aos ferimentos.

“Solicitamos ao governador do Rio, Cláudio Castro, e ao prefeito Eduardo Paes, que solicitem uma investigação mais rígida, que esse caso seja encaminhado para uma delegacia especializada, de homicídio ou para a Delegacia da Mulher. Que sejam investigadas as câmeras da Ponte Rio-Niterói a fim de verificar se ele pulou realmente ou se fugiu com a ajuda de terceiros. Ali é o ponto chave das investigações. Só queremos justiça! Que isso não fique impune e não caia no esquecimento!”, solicitou Wagner.

Assista na reportagem da Web TV Eu, Rio!:



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