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Enchentes no Rio: Políticos criticam atuação de Crivella

CPI das Enchentes e ações no Ministério Público questionam ações do prefeito carioca contra os efeitos das tempestades na cidade.

Por Cláudio Rangel em 10/04/2019 às 14:01:02

Enchentes paralisam Rio de Janeiro apesar de gastos da Prefeitura (Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil)

As enchentes que paralisaram o Rio na terça-feira (9) motivam ações contra o prefeito Marcelo Crivella (PRB-RJ). O deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ) fez representação junto ao Ministério Público contra Crivella. Já a CPI das Enchentes da Câmara Municipal marcou para quinta-feira (11) o depoimento da professora Ana Brito da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da URFJ e Alexandre Pessoa Dias, da Escola Politécnica da Fiocruz sobre a situação da capital fluminense.

Calero disse que não assistirá calado nem parado ao que classifica como crimes do prefeito. O deputado questionou os motivos da redução de investimento no Programa de Controle de Enchentes, sem sucesso:

“Nenhuma resposta foi dada. Nem por parte do Crivella, nem de seu secretariado. O desastre se repete e o que continuamos a ver é um ‘prefeito’ brincando com a vida das pessoas”, e acrescentou: “Cai fora, Crivella. Tenha um último gesto de dignidade e honra; deixe a prefeitura. Deixe esse lugar para alguém que ame e queira cuidar da nossa cidade”, criticou.

Para a prefeitura, comparam “banana com laranja”

Em nota, a prefeitura rebate as críticas que indicam queda nos investimentos na prevenção de enchentes. A alegação é a de que tais estudos cometem erros grosseiros na identificação das rubricas das ações, que estão sendo comparadas a obras do PAC. 

“São errados os estudos que apontam a queda dos investimentos nestas áreas. Tais estudos cometem de erros grosseiros na identificação das rubricas onde ações/projetos desta área estão alocados. Também compara recursos repassados para obras do PAC com recursos próprios da gestão municipal atual. Ou seja, faz um malabarismo contábil ao comparar banana com laranja”, diz a nota.

 A prefeitura alega que alocou cerca de R$ 700 milhões para o conjunto de programas de prevenção contra os riscos provenientes das chuvas e na prevenção dos efeitos de enchentes na cidade, entre 2017 a 2019:

“No atual governo, não há repasses do PAC para obras deste tipo e nem de qualquer outra rubrica. A Prefeitura tem feito as obras com recursos próprios, mesmo com a crise que derrubou a arrecadação... ao contrário do que dizem os relatórios divulgados, o orçamento não esta em queda de 71% e este ano já foram gastos R$ 103 milhões (e não, zero) e mais recursos serão alocados nessas rubricas ao longo de 2019”, diz a nota.

A prefeitura conclui a nota dizendo que “a atual gestão aplicou cerca de R$ 300 milhões nos últimos anos para a obra de desvio do Rio Joana, na região da Grande Tijuca, que inclui a canalização do curso do rio até a Baía de Guanabara, ajudando a evitar enchentes na região. Só essa obra mostra que os dados de execução orçamentária distribuídos à imprensa estão errados”.


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