A cada hora, quatro crianças sofrem violência doméstica e, a cada 15 minutos, uma criança é vítima de espancamento ou violência sexual no país. Os dados da Childhood Brasil, organização destinada a proteger a infância e a adolescência, chamaram a atenção de especialistas, que criaram um manifesto virtual para promover palestras de prevenção em espaços públicos, escolas e igrejas do estado. Além disso, a iniciativa se propõe a fazer uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para debater a implementação de políticas públicas que garantam a segurança das crianças, em especial autistas e com deficiência – mais vulneráveis a esse tipo de problema. O manifesto faz parte do Maio Laranja, que celebra o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil.
“Os números são alarmantes. O mais preocupante é a incidência desproporcional desse tipo de abuso entre pessoas com deficiência. Para se ter uma ideia, em maio de 2020, as denúncias de violência contra esse grupo aumentaram 47%. Esse deve ser um dever de todos”, ressalta Renato de Paula, um dos responsáveis pelo manifesto.
De acordo com o especialista, a criação do movimento visa pôr fim a esse ciclo de violência alarmante que vem crescendo. “Além das ações em espaços físicos, é importante elaborar materiais educativos acessíveis, como folhetos e vídeos informativos, além de promover campanhas de sensibilização nas redes sociais”, afirma.
No Brasil, o dia 18 de maio marca uma importante data de conscientização: o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil. A campanha Maio Laranja foi instituída por meio da Lei Nº 14.432, de 3 de agosto de 2022. O manifesto pode ser acessado pelo link https://renatodepaularj.com.br/protecao-inclusiva