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Websérie mostra animais que habitam manguezais da Baía de Guanabara

Série de vídeos comemora Dia Internacional da Biodiversidade

Por Portal Eu, Rio! em 14/05/2024 às 16:33:42

Foto: Divulgação/Rodrigo Campanário

Os interessados em adquirir mais conhecimentos sobre animais encontrados nos manguezais da Baía de Guanabara contarão agora com uma série especial de vídeos online e acessíveis na Língua Brasileira de Sinais (Libras). O material, disponibilizado pelo Projeto UÇÁ — iniciativa da ONG Guardiões do Mar, com o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, é uma adaptação para o meio virtual da exposição itinerante ‘Andada do Uçá’, que apresenta o ciclo de reprodução do caranguejo-uçá e informações sobre outras espécies que habitam esse ambiente. A iniciativa comemora o Dia Internacional da Biodiversidade, celebrada em 22 de maio.

Voltada para todas as idades, a exposição ‘Andada do UÇÁ’ proporciona uma reflexão sobre a biodiversidade costeira e marinha. A mostra, que percorre espaços como escolas, praças e praias, oferece ao público uma gama diversificada de atividades, desde explorações macroscópicas até observações microscópicas e táteis. O objetivo é proporcionar aos participantes uma oportunidade valiosa de se conectarem com os ecossistemas que sustentam a vida na região da Baía de Guanabara.

E é com a proposta de disseminar ainda mais esse conhecimento sobre o caranguejo-uçá e demais animais que habitam os manguezais da Baía de Guanabara, que o Projeto UÇÁ se uniu ao Coletivo Criativo Acessível - Ateliê do Encontro para disponibilizar parte da dinâmica da ‘Andada do UÇÁ’ de forma virtual e acessível em Libras.

“O Ateliê do Encontro é parceiro do Projeto UÇÁ há três edições. Essa caminhada começou pelo fato de terem um objetivo em comum: levar conhecimento para todos! A ‘Andada do UÇÁ’ já é uma atividade emblemática do Projeto e que cativa todos os públicos, por isso agora ela está acessível em Libras, privilegiando a comunidade surda, que temos muita honra de participar”, conta a facilitadora Aline Angel.

“É uma grande satisfação apresentarmos a ‘Andada do UÇÁ’ agora também de forma virtual. Acreditamos que essa iniciativa pode fazer a diferença, não apenas por entreter e educar, mas também por ajudar a catalisar um senso de apreço e preocupação com a rica biodiversidade marinha e costeira da nossa querida Baía de Guanabara”, destaca a coordenadora de Educação Ambiental do Projeto UÇÁ, Larissa Gouvêa.

A ‘Andada do UÇÁ Virtual em Libras’: https://www.youtube.com/guardioesdomar

Período de reprodução do caranguejo-uçá

O fenômeno chamado "andada" ocorre durante o período de reprodução do caranguejo-uçá, onde os caranguejos saem de suas tocas e andam pelo manguezal buscando parceiros para o acasalamento e, durante a época da desova. A espécie se torna mais vulnerável durante essa fase, visto que sua captura é facilitada quando saem em massa em busca de parceiros.

Devido a essa vulnerabilidade, fica proibida a captura, o transporte, o comércio e a industrialização do caranguejo-uçá entre os meses de outubro a dezembro, que é quando ocorre o período de defeso do caranguejo-uçá no estado do Rio de Janeiro, permitindo assim a reprodução dos animais sem que haja interrupção por meio da intervenção humana. Fica proibida também a captura e comercialização das fêmeas ovígeras da espécie durante todo o ano.

O Projeto UÇÁ tem esse animal como espécie bandeira devido a sua grande importância socioeconômica para a região da Baia de Guanabara e todo o território costeiro do país, além de simbolizar o elo entre os ambientes terrestre e marinho.

Atuação da ONG Guardiões do Mar

Em 25 anos de existência, a ONG Guardiões do Mar já participou da criação de várias cooperativas, nas áreas de reciclagem, pesca responsável e reaproveitamento de resíduos sólidos pós-consumo. Criou e coordenou, em parceria com catadores de material reciclável, duas redes de comercialização que envolveram 12 cooperativas de catadores de material reciclável no Estado do Rio de Janeiro.

A ONG é pioneira em educação ambiental inclusiva e foi vencedora do Prêmio Hugo Werneck (2017) e do Prêmio Firjan Ambiental (2020). É cocriadora da Rede Águas da Guanabara – REDAGUA e da Rede Nacional de Manguezais – RENAMAN, coordena o Subcomitê Leste da Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara e participa da Rede Manguezais Litoral Norte de SP, do Movimento Viva Água – Baía de Guanabara (capitaneado pela Fundação Boticário, SEA, INEA e FIRJAN) e da Rede Nós da Guanabara (composta por pescadores artesanais, catadores de caranguejo, quilombolas e agricultores familiares que tem como principal objetivo fomentar o Turismo de Base da Guanabara).

É ainda signatária da Rede Oceano Limpo, um projeto fruto de uma parceria entre a Cátedra UNESCO para a Sustentabilidade do Oceano (IO-USP/IEA-USP) com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) e do movimento Plastic No Thanks, conectado a outras grandes coalizões internacionais para a aprovação de um acordo que objetiva reduzir a poluição de embalagens plásticas no planeta.

A instituição é a realizadora do Projeto UÇÁ, com o patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, iniciativa que mais retirou resíduos sólidos no recôncavo da Guanabara na última década: coletou mais de 52 toneladas de lixo de 18,2 hectares deste ecossistema com a Operação LimpaOca, restaurou 182 mil metros quadrados de florestas de mangue na APA de Guapi-Mirim e plantou mais de 64 mil mudas das três espécies de mangue. Mais informações em facebook.com/projetouca/ e no Instagram @projetouca.

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