À frente da Segurança Pública no Rio de Janeiro, o Interventor Federal, General Walter Braga Netto, fez um balanço sobre os 100 dias de sua gestão. No último dia 13, durante o Seminário sobre a Intervenção Federal, organizado pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), iniciou sua apresentação relatando que encontrou uma Polícia com falta de estrutura. Segundo ele, onde os policiais "faziam milagres", o Gabinete de Intervenção veio reorganizar, reestruturar e dar condições de trabalho às corporações.
No seminário, o interventor relatou que as Forças Armadas já vinham atuando no Rio de Janeiro desde fevereiro, com o envio de tropas para a Operação Carioca. Na época cerca de oito mil militares realizaram o patrulhamento dos principais pontos do Rio de Janeiro. O efetivo foi também deslocado para a Operação Furacão, como parte do Plano Nacional de Segurança, até decretarem a intervenção no Rio de Janeiro.
O General comentou ainda que seu objetivo na secretaria é recuperar a capacidade operativa dos órgãos de segurança pública e baixar os índices de criminalidade. Walter Braga Netto ressaltou que, até o momento, está realizando a intervenção sem recursos públicos, apenas com gestão do que já existe no estado. Ele acrescentou que a intenção inicial do Gabinete de Intervenção era usar os Ministérios para efetuar a compra de equipamentos, mas com a urgência de obter recursos e com a impossibilidade do estado de recebê-los, em função do acordo fiscal com a União, foi necessário criar uma Secretaria.
Walter Braga Netto explicou ainda que, com a aprovação da mudança na Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual, no último dia 6 de junho, aguardava o término do processo burocrático para a liberação da receita, por parte da Casa Civil.