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Trabalhou na DEAM campista

Delegada pré-candidata a prefeita promete ser ameaça às oligarquias político-familiares de Campos

Madeleine Dykeman teve candidatura chancelada pelo presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar


Foto: Divulgação

A delegada licenciada da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Campos dos Goytacazes, Madeleine Dykeman, teve a sua pré-candidatura à prefeita do município do Norte Fluminense lançada em março pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar. Ela deu os primeiros sinais que veio para embolar o jogo na disputa sucessória. Campista, Madeleine atua como delegada há 14 anos e esta é sua primeira investida na política, já com o seu nome figurando em terceiro lugar nas intenções de voto, de acordo com o levantamento feito pelo Instituto Prefab Future. A candidata do União Brasil só fica atrás do prefeito Wladimir Garotinho (PP) e da deputada Carla Machado (PT) na pesquisa.

Madeleine Dykeman é casada, tem dois filhos e um perfil conservador, mas afirma ser “distante do extremismo”. Em sua atuação na Polícia Civil, ganhou notoriedade no comando da DEAM de Campos. Em 2023, a especializada registrou 90 inquéritos de estupro de vulnerável, com representação por prisão de 20 autores, um aumento de 85,77% no número de ocorrências e de 47,61% de detenções em comparação ao ano de 2022. Além das estatísticas, a delegada libertou vítimas de cativeiro.

“O papel de um delegado ou delegada não é apenas prender. É também o de acolher vítimas e proteger essas pessoas. Como delegada procurei cuidar de pessoas”, destacou Madeleine em uma reunião com centenas de pessoas em Rio Preto, na zona rural do município. Em três semanas de pré-campanha, a candidata do União vem arrebanhando um número expressivo de eleitores, que disputam lugares em reuniões organizadas por apoiadores.

O discurso da delegada licenciada é contundente em relação aos "fracassos da administração da família Garotinho". “Não é possível um município com um orçamento de mais de R$ 3 bilhões não ter transporte público e medicamentos como Dipirona em postos médicos. Não se consegue marcar cirurgias e nem exames mais simples. Há um ciclo de três décadas de rodízio de famílias na administração pública. Uma cidade não pode ser entregue como herança!”, enfatizou Madeleine.

Atualmente, Campos está entre as cidades bilionárias do país, mas não tem transporte público regular, a saúde é precária e também enfrenta um esvaziamento econômico. A área central, que em anos anteriores concentrava um número expressivo de lojas que tinham uma importante contribuição na receita do município, hoje se encontra enfraquecida e abandonada. O cenário compõe o repertório de críticas de Madeleine, que não poupa também o antecessor de Wladimir Garotinho, o ex-prefeito Rafael Diniz, numa gestão que ela define como “um fracasso que permitiu o retorno da oligarquia familiar”. “A culpa é do gestor. A população não deve sentir-se culpada por esses fracassos. A culpa é de quem recebeu o voto de confiança e não correspondeu”, sentencia.

Com um diálogo afiado e domínio da plateia, Madeleine já provou que vai dar muita “dor de cabeça” aos adversários políticos. A técnica, ela adquiriu como palestrante e motivadora ao longo dos anos. A pré-candidata do União ainda é evangélica e se notabilizou promovendo núcleos de empoderamento de mulheres. Em um momento em que o Rio vive uma preocupante alta nos casos de feminicídio, o nome de Madeleine pode soar ao eleitor como uma via viável e segura para mudar a realidade atual em Campos.

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