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Rio é a primeira cidade da América Latina a utilizar energia renovável para abastecer unidades de saúde

Projeto foi tema de evento internacional sobre eficiência energética

Por Portal Eu, Rio! em 02/06/2024 às 06:00:00

O Hospital Miguel Couto, no Leblon, será uma das unidades beneficiadas. Foto: Arquivo/Prefeitura do Rio

As unidades de saúde da Prefeitura do Rio e o Centro de Operações Rio (COR) serão abastecidas com “Energia Verde”, que privilegia a adoção de fontes limpas e renováveis no Mercado Livre de Energia. Nos vinte equipamentos de saúde, a estimativa de economia é de R$ 87,5 milhões, em cinco anos, e 74 mil toneladas de Gases de Efeito Estufa (GEE) serão evitadas. No COR, a economia será de aproximadamente R$ 2,5 milhões em cinco anos e serão evitadas 8 mil toneladas de GEE.

O projeto de aquisição de energia limpa para os prédios públicos da cidade teve início em 2022. O passo inicial foi a licitação para o abastecimento do Centro Administrativo São Sebastião (CASS), sede da Prefeitura. Após a experiência bem sucedida e completamente implantada, em 2023, com ganhos financeiros e ambientais, o projeto foi expandido para outros órgãos públicos como o COR e vinte unidades de saúde. O Rio é a primeira cidade da América Latina a utilizar energia renovável para abastecer órgãos públicos.

Chamado Rio de Energia Verde – Aquisição de Energia Limpa e Renovável no Mercado Livre de Energia, o projeto foi desenvolvido pela Subsecretaria de Gente e Gestão Compartilhada, da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento. A aquisição de energia no ambiente livre de contratação (ACL) faz parte do Programa de Eficiência Energética (PEE), da Prefeitura do Rio.

– Em 2022, demos o primeiro passo com a licitação para aquisição de energia limpa para a sede da Prefeitura, e a operação teve início em setembro de 2023. Foi uma ação pioneira e emblemática em uma gestão que prioriza a sustentabilidade e a economia. Só nesta fase vamos economizar R$ 30 milhões, em cinco anos, nas despesas de energia na sede administrativa da Prefeitura, além da redução de emissão de 40 mil toneladas de CO2 – afirmou a secretária de Fazenda e Planejamento, Andrea Senko.

Para esta nova fase do projeto, foram realizadas licitações de compra de energia verde direta com as geradoras, pelo período de 60 meses, para abastecer vinte unidades de saúde, como os hospitais Miguel Couto, Albert Schweitzer, Rocha Faria, Lourenço Jorge, e Pedro II, além do COR. As empresas RZK, Matrix e Central Energia, vencedoras da licitação, viabilizarão o fornecimento de energia nos equipamentos de saúde, e para o COR será a Urca Energia. A Distribuidora Light permanecerá responsável pela distribuição da energia.

– Como idealizadora do projeto, minha intenção sempre foi expandir este modelo de aquisição de energia para além da sede da Prefeitura, onde já conseguimos implantar. Avançamos para as unidades de saúde e para o COR, mas não vamos parar por aqui. Já estamos trabalhando para que toda a nossa rede de prédios municipais utilize energia limpa e renovável. O Museu do Amanhã e a Câmara Municipal estão em fase de licitação, e estamos em fase de estudos para a Cidade das Artes e também para 70 escolas municipais – destacou a subsecretária de Gente e Gestão Compartilhada, Roberta Guimarães.

Projeto foi tema de evento internacional sobre eficiência energética

A experiência de implantação do projeto foi tema de um painel no Conversápolis, evento promovido pela C40 e pela GIZ, que ocorreu no último dia 29, em Bogotá, na Colômbia. O evento contou com a participação de especialistas, gestores e autoridades públicas com o objetivo de compartilhar boas práticas de gestão, inovação e gestão de recursos públicos, visando a troca de experiências e replicação das iniciativas e projetos dentro da realidade das cidades da América Latina. O gerente do Programa de Eficiência Energética, Willians Gaspar, representou a Prefeitura do Rio para compartilhar a experiência da implantação do Projeto Rio de Energia Verde.

– Ao optarmos pela contratação livre de energia, fortalecemos nossa independência e a capacidade de contribuir para a sustentabilidade ambiental e econômica, pois a energia é um recurso compartilhado por todos e é nosso dever garantir que ela seja utilizada de maneira eficiente e responsável, beneficiando as gerações presentes e futuras. Para nós, é gratificante compartilhar com outras cidades um trabalho inovador e sustentável, isso nos mostra que estamos no caminho certo para continuarmos proporcionando qualidade de vida para todos – disse Willians Gaspar.

Veja abaixo a economia financeira e sustentável em cada etapa

Equipamentos de saúde que funcionarão com energia verde

1. Hospital Municipal Albert Schweitzer – Realengo
2. Hospital Municipal Álvaro Ramos – Taquara
3. Hospital Municipal Barata Ribeiro – Mangueira
4. Hospital da Mulher Mariska Ribeiro – Bangu
5. Hospital Municipal Evandro Freire – Ilha do Governador
6. Hospital Maternidade Alexandre Fleming – Marechal Hermes
7. Hospital Municipal Francisco da Silva Telles – Irajá
8. Hospital Municipal Jesus – Vila Isabel
9. Hospital Municipal Lourenço Jorge – Barra da Tijuca
10. Hospital Municipal Miguel Couto – Leblon
11. Hospital Municipal Pedro II – Santa Cruz
12. Hospital Municipal Raphael de Paula Souza – Jacarepaguá
13. Hospital Municipal Rocha Faria – Campo Grande
14. Hospital Municipal Rocha Maia – Botafogo
15. Hospital Municipal Ronaldo Gazolla – Acari
16. Instituto Municipal Nise da Silveira – Engenho de Dentro
17. Hospital Maternidade Fernando Magalhães – São Cristóvão
18. Centro Municipal de Saúde Rodolfo Rocco – Del Castilho
19. Unidade Integrada de Saúde Herculano Pinheiro – Madureira
20. Unidade de Pronto Atendimento – UPA Rocinha

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