Secretaria de Educação cria o programa 'Cuidar' para reforçar a segurança nas escolas do Rio

O secretário de Estado de Educação, Pedro Fernandes, anunciou, nesta quarta (17), no auditório da Secretaria de Educação, no bairro do Santo Cristo, a criação do programa Cuidar que tem como objetivo reforçar a segurança dos colégios estaduais do Rio de Janeiro. O evento de criação do programa teve a presença do governador Wilson Witzel, do vice-governador Claudio Castro, autoridades e servidores do estado. Segundo Pedro Fernandes, o programa prevê a contratação de mulheres da área de segurança, militares das forças armadas, policiais civis e militares, bombeiros, agentes penitenciários reformados ou aposentados que irão atuar na inspeção e na portaria das escolas como monitores comunitários. Na 1ª fase do projeto, mil profissionais serão contratados e atuarão desarmados em 1000 unidades escolares do estado. Além desses militares, as instituições irão contar com até 45 policiais do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), que farão a ronda escolar na sua folga, na região metropolitana, usando carros e motos. O programa irá adquirir, inclusive, cerca de 10 carros e alugar 20 motos, e o gasto anual será de 40 milhões.

“O programa se deu, infelizmente, após o ataque em São Paulo, que desencadeou para que muitas escolas tivessem uma sensação de insegurança, um desestímulo para alunos e professores. Nós contrataremos 1000 profissionais para trabalhar na portaria, inspeção de alunos, ajudando as direções de escolas, para que possamos desempenhar esse trabalho de mais segurança nas escolas. Esses profissionais serão treinados para lidar com mediação de conflitos e fazer com que pequenos incidentes sejam resolvidos na própria escola. Mas se preciso for, fazer integração com bombeiros, policiais civis e militares, que serão muito importantes no projeto em relação à segurança contra incêndio nas escolas. Serão mil profissionais que terão curso de primeiros socorros e todos os cursos necessários para atuar nas escolas. É uma ação permanente que o profissional irá ficar durante todo o ano nas escolas”, declarou o secretário de Estado de Educação.

Além dos profissionais de segurança, o diretor e um servidor de cada uma das escolas também passará por uma capacitação para poder atuar como mediadores de conflitos.

O governador Wilson Witzel demonstrou, no evento, satisfação com o programa e acredita que, com a participação dos pais nas instituições e o trabalho de mediação, casos como a tragédia de Suzano não acontecerão nas escolas do estado. 

“Nós trabalhamos muito para que não tivéssemos aqui nenhum tipo de violência como aconteceu em outros estados. Tenho certeza de que esse programa vai ajudar muito na mediação entre professor e aluno. É um programa de redução de conflitos nas escolas e de ampliação da participação dos pais nas escolas. Queremos que as escolas sejam o centro de convivência da comunidade", disse Wilson Witzel.