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Dados comprovam que brasileiro está cada vez mais hipertenso

Especialista alerta para determinados sintomas

Por Portal Eu, Rio! em 26/04/2019 às 10:13:00

Uma pesquisa recente do Ministério da Saúde mostra que o brasileiro está cada vez mais hipertenso. Diante disso e no Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, comemorado no próximo dia 26 de abril, é essencial alertar a população sobre os riscos e combate à doença que pode e deve ser prevenida.

Quando não identificada precocemente, a hipertensão pode comprometer o organismo e até levar a morte. Estima-se que existam mais de 30 milhões de hipertensos no Brasil, sendo que, segundo o Ministério da Saúde, apenas 10% desta população faz o controle adequado da doença.

De acordo com a cardiologista Priscilla Mendonça, Membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, é recomendável que o adulto verifique sua pressão arterial com intervalo de seis meses, principalmente se tiver histórico familiar, com o objetivo de se realizar um diagnóstico precoce.  A médica acrescenta ainda que o risco nas mulheres se potencializa após a menopausa, quando há a perda da proteção pelo estrogênio. Com o envelhecimento, para ambos os sexos, os riscos de desenvolver a doença também aumentam.“A hipertensão, popularmente conhecida como pressão alta é considerada uma doença silenciosa já que, muitas vezes, seus sintomas são confundidos com desconfortos corriqueiros e se, não tratada adequadamente, pode causar complicações graves como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico, retinopatia hipertensiva, doenças renais e doenças da aorta”, completa a especialista. 

A pressão arterial reflete a tensão que o sangue exerce na parede das artérias e está relacionada com a quantidade de sangue bombeado pelo coração, com a força de contração do músculo cardíaco e com a resistência dos vasos arteriais ao fluxo sanguíneo. A hipertensão arterial ocorre quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 milímetros de mercúrio (ou 14 por 9).

Ainda de acordo com a cardiologista, as pessoas que são sintomáticas, podem ter dor de cabeça, tontura, vertigem, dor torácica e dor irradiada para a nuca, porém muitas são assintomáticas, ou seja, não sentem nada e têm hipertensão arterial.

“Estes dois grupos precisam ser diagnosticados. Os sintomáticos, evidentemente são os mais fáceis: medindo a pressão arterial, detectamos os níveis de pressão arterial aumentados. De acordo com a classificação brasileira, os níveis abaixo de 120/80mmHg são considerados ótimos, as medidas entre 130/85mmHg e 139/89mmHg são consideradas limítrofes e com 140/90mmHg, o paciente já é considerado hipertenso leve”, explica a especialista, ressaltando ainda que o diagnóstico de hipertensão arterial não é feito apenas aferindo a pressão arterial uma única vez“Para o diagnóstico, é necessário medir a pressão arterial em, pelo menos, 2 consultas, e a média ser maior que 140/90mmHg. Uma alternativa para o diagnóstico é a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA), que faz o diagnóstico se a média das medidas em vigília for maior que 130/85mmHg. Se o paciente chegar com a pressão maior ou igual a 180/110mmHg, na primeira consulta já fazemos o diagnóstico de hipertensão arterial e precisamos ser mais agressivos no tratamento”, completa.

Fatores de risco para hipertensão arterial:

- Hábitos alimentares irregulares com elevado consumo de sal e produtos industrializados;

- Sobrepeso e obesidade;

- Tabagismo;

- Hereditariedade: quem tem o pai ou a mãe com hipertensão tem 30% de chances de se tornar hipertenso. Se a herança é bilateral, o risco da hipertensão aumenta para até 50%. Neste caso, quem é filho de hipertensos deve fazer avaliações médicas periódicas;

- Diabetes;

- Envelhecimento;

- Sedentarismo.

Prevenção:

1. Reduza o consumo de sal nos alimentos;

2. Pratique regularmente exercícios físicos, pelo menos 30 minutos de caminhada diária;

3. Evite o consumo excessivo de álcool e, preferencialmente, não fume;

4. Faça visitas regulares ao cardiologista, principalmente se há histórico de hipertensão na família;

5. Minimize as situações de estresse, pois hábitos relaxantes melhoram a qualidade de vida.

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