Garis encerram greve no Rio de Janeiro

 Garis da Comlurb declararam fim da greve em assembleia realizada nesta segunda-feira (29) e aceitaram o reajuste de 4,7% negociado junto ao Ministério Público do Trabalho, depois de quase três meses de negociações. Propostas da categoria como reajuste do auxílio-alimentação, auxílio-creche e auxílio ao filho excepcional não foram aprovadas. Essas propostas deverão entrar na pauta de negociações por ocasião da próxima campanha salarial.

Os garis conseguiram ainda o abono dos dias parados, a garantia aos grevistas de não perseguição. O presidente do Siemaco-Rio, sindicato dos garis, Manoel Meireles, considerou positiva a negociação:

“Conseguimos, finalmente, fechar o Acordo. Embora não seja o que almejávamos, o reajuste aprovado representa a correção da inflação do período e mais 1% de aumento real. É muito difícil no momento atual uma categoria conquistar índice semelhante. Os trabalhadores foram conscientes quando decidiram aprovar os 4,7% de reajuste mesmo tendo que congelar os itens que fazem parte da cesta de benefícios. Vale lembrar que a Comlurb iniciou as negociações oferecendo apenas 3,73% e depois subiu para 4%. Mas com muita luta, conseguimos um índice maior”, disse.

Já o líder do comando de breve acha que seria possível obter mais: resultados para a categoria.

“Conseguimos um reajuste acima da inflação e uma conquista histórica sobre a insalubridade de setores que não recebiam. Mas era possível ir além. Só não conseguimos mais, porque a direção do sindicato atuou contra a nossa mobilização”, disse, criticando a atuação dos representantes da categoria pela demora em marcar a assembleia.