Quem nunca sentiu uma dor de estômago pelo menos uma vez na vida? Alguns desses desconfortos como gases, azia, má digestão podem passar em algumas horas ou em poucos dias. O que muitas pessoas não sabem é que se a dor, for constante, pode ser alguma doença que precisa de tratamento urgente. As causas da doença são variadas e vão desde abusos na dieta até a presença de bactérias, úlcera e câncer de estômago.
A dor de estômago é definida como toda a sensação de mal-estar localizada na parte central superior do abdome. Um estudo publicado no British Medical Journal (BMJ), em 2015, divulgou uma pesquisa que avaliou os riscos e a prevalência desse sintoma, concluindo que 20% da população de todo o mundo pode vivenciá-lo, e que a dor de estômago é mais frequente entre as mulheres, fumantes e pessoas que fazem uso contínuo de um anti-inflamatório, principalmente o do tipo não esteroide.
Segundo Henrique Eloy, médico especialista em cirurgia e endoscopia bariátrica e gastroenterologia, são vários males que agridem o aparelho gastrointestinal e eles são diagnosticados apenas com a realização de exames, sendo a endoscopia - que consiste em introduzir um pequeno tubo com uma câmera pela boca para visualização do esôfago e da primeira parte do intestino delgado, o principal deles. “Muitas vezes a dor de estômago pode não estar ligada a doenças graves, mas ela sempre impacta de forma negativa a qualidade de vida das pessoas”, ressalta.
Ainda de acordo com Eloy, não usar medicamentos sem indicação médica, evitar o consumo excessivo de álcool, não fumar e não exagerar na alimentação, são algumas formas de prevenir a doença.
As pessoas devem ficar alertas para alguns sinais que indicam maior gravidade sobre a doença. São eles: histórico familiar de câncer gastrointestinal; perda de peso importante e espontânea; sangramento nas fezes; vômitos; dificuldade progressiva ao engolir os alimentos; anemia por deficiência de ferro sem causa definida; e icterícia.