Maior seca dos últimos 44 anos favorece aumento de 40% nos incêndios florestais

Dezesseis estados e o Distrito Federal registraram, em 2024, o período mais seco dos últimos 44 anos, situação que tem dificultado o controle de incêndios. Este ano, o Brasil já contabiliza 110 mil focos de queimadas, representando um aumento de 40% em relação a 2023. Segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, de maio a agosto, mais da metade do país enfrentou uma seca que variou de severa a extrema. Entre as regiões mais afetadas estão São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Rondônia e Amazonas.

Com a forte estiagem, o risco de queimadas se intensifica. A Polícia Federal já abriu 31 inquéritos para investigar possíveis incêndios no país, sendo dois deles em São Paulo. A PF utiliza imagens de satélite para identificar o início dos focos de incêndio, além de possíveis suspeitos.

Segundo o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, quase 100% das queimadas no estado paulista foram causadas por ação humana.

A Polícia Federal está empenhada em identificar não apenas os autores das queimadas, mas também os mandantes, correlacionando os crimes ambientais a outros delitos e responsabilizando todos os envolvidos.

Ouça no Podcast Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre as causas e consequências da maior seca dos últimos 44 anos em 16 estados e no Distrito Federal.