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Empregos e estágios

Projeto estimulando contratação de pessoas com Transtorno do Espectro Autista aguarda sanção de Lula

Câmara acolheu mudanças do Senado no texto original, que visa reduzir exclusão de autistas no mercado de trabalho, hoje de 85%


Inclusão no mercado de trabalho é o foco do Projeto, relatado por Weverton, prevê priorização em estágios e inclusão em banco do Sistema Nacional de Emprego. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (11/9), as emendas do Senado ao projeto de lei (PL 5.813/2023) que estabelece regras para estimular a contratação de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), seja como empregados, aprendizes ou estagiários. O texto, que teve o senador Weverton (PDT-MA) como relator na Comissão de Direitos Humanos (CDH), agora segue para sanção presidencial.

Os agentes de integração terão que dar prioridade no atendimento às pessoas com transtorno do espectro autista e também deverão buscar e captar vagas de estágio adequadas ao perfil desses candidatos. É o que prevê o PL 5.813/2023, aprovado pelo Senado na quarta-feira (28) e que voltou para a Câmara dos Deputados após mudanças no texto original. A proposta altera as Leis 11.788, de 2008 e 13.667, de 2018, garantindo a observância da política nacional para a integração da pessoa com deficiência. Também prevê a acessibilidade de pessoas com deficiência em edificações, além do mobiliário e equipamentos urbanos conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Ouça no Podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Senado sobre a aprovação de regras para estimular a contratação de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O senador Weverton (PDT-MA) deu parecer favorável à proposta. Ele reconheceu os avanços trazidos pela Lei 8.213, de 1991, que reserva vagas em empresas para pessoas com deficiência, mas argumentou que eles foram insuficientes para as pessoas com autismo pois, segundo o parlamentar, elas demandam mais adaptações no ambiente de trabalho.

— As medidas propostas são oportunas, visto que aproximadamente 85% dos adultos com transtorno do espectro autista no Brasil estão desempregados. Isso evidencia que, mesmo com a reserva de vagas às pessoas com deficiência prevista na Lei nº 8.213, de 1991, ainda não foi possível se alcançar a concreta inserção das pessoas com transtorno do espectro autista no mercado de trabalho, o que reforça a necessidade do PL em análise — justificou.

Durante a sessão, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) contou que teve um assessor com autismo quando era ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e afirmou que o projeto aprovado, além de fazer justiça, dá maiores oportunidades a essas pessoas.

— O Senado Federal dá um passo gigante pela inclusão. Quantas pessoas com autismo, capacitadas, prontas para o mercado de trabalho e estão fora do mercado de trabalho. Eles serão nossos deputados, nossos senadores, serão dirigentes desta nação. Não dá mais para a gente fugir dessa realidade. Eles estão aí, são especiais por demais, de uma inteligência incrível e tudo que eles precisam é dessa oportunidade.



Agência Senado e Rádio Senado

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