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Tragédia anunciada

Esquizofrênico que matou pai, irmão e policial em Novo Hamburgo tinha autorização para compra de arma

Polícia investiga datas do registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), das quatro internações por surto psicótico e da compra do armamento


Tiroteio em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, termina com quatro mortos, entre eles o próprio atirador, e dez feridos. Foto: Agência Brasil

O homem que matou pai, irmão e um policial em Novo Hamburgo (RS) era Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), pessoa com autorização para ter arma, e tinha esquizofrenia. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (23) pelo chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegado Fernando Antônio Sodré. O delegado destacou que o criminoso Edson Crippa sabia atirar, inclusive derrubou dois drones da polícia. Havia duas pistolas e duas espingardas com ele quando foi encontrado morto, após o tiroteio.

Para ter autorização para comprar uma arma, a pessoa tem que apresentar um laudo psiquiátrico. O delegado Sodré disse que a polícia ainda vai verificar quando foram as quatro internações do atirador por esquizofrenia e a aquisição do armamento. Edson Crippa era caminhoneiro e tinha 45 anos. Ele matou o pai, o irmão e um policial militar numa intensa troca de tiros na madrugada de desta quarta-feira.

Entre os feridos estão a mãe, a cunhada, seis policiais militares e um guarda municipal. Ao todo, dez pessoas ficaram feridas em meio ao tiroteio, incluindo policiais militares, um guarda municipal e civis. Nas primeiras horas da manhã, a Brigada Militar do Rio Grande do Sul entrou na casa onde o atirador estava e encontrou o homem morto.

“Segundo informações preliminares, um desentendimento familiar teria desencadeado a ocorrência”, informou a brigada militar em seu perfil na rede social X. Pelo Instagram, a corporação confirmou a morte do soldado Everton Kirsch, do 3º Batalhão da Polícia Militar, durante o cerco ao local.

“O militar restou ferido fatalmente durante o cumprimento do dever, arriscando a própria vida pela segurança e proteção do povo gaúcho”.

Entenda

Em coletiva de imprensa, a brigada militar informou que, na noite de terça-feira (22), o pai do atirador entrou em contato com o Disque 190 relatando maus tratos por parte do filho.

Uma guarnição foi despachada para o endereço e, pouco tempo depois, o atirador iniciou os disparos – contra a própria família e contra os policiais que atendiam a ocorrência.

Outras viaturas foram deslocadas para o local. O atirador permaneceu todo o tempo dentro da residência.

No início da manhã, depois de a brigada militar verificar que o homem estava caído no interior da casa, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) fez uma varredura no local e autorizou o acesso de uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) à residência. Neste momento, a morte do atirador foi constatada.

A brigada militar ainda não confirma a origem do disparo que matou o atirador e aguarda o trabalho de perícia.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul assumiu o caso e deve investigar, inclusive, a origem do armamento utilizado pelo homem e se ele tinha posse (permissão para adquirir arma de fogo) ou porte (autorização para andar ou utilizar arma de fogo).

*Colaborou Gabriel Brum, da Rádio Nacional


Agência Brasil e RadioAgência Nacional

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