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CUFA divulga nota após a polícia anunciar que colaborador reincidiu no crime

Instituição afirma que nenhum colaborador voltou para o crime e deseja que afirmação seja em engano

Por Mario Hugo Monken em 16/05/2019 às 23:10:08

Foto: Divulgação/Disque Denúncia

A Central Única das Favelas (CUFA) divulgou nota nesta quinta-feira (16) após a Polícia Civil anunciar que um dos colaboradores da instituição, Fábio Pinto dos Santos, conhecido como Fabinho São João, voltou a participar do tráfico de drogas tendo atuação no Morro do São João, no Engenho Novo, na Zona Norte do  Rio, e em outras comunidades da região.

Segundo a ONG, até o presente momento, não houve um único caso de reincidência dos colaboradores que por ali passaram.. "E torcemos para que o caso, ora noticiado, não passe de um grande engano. Porém, se a Justiça comprovar que trata-se de um fato de reincidência, nos caberá aceitar, lamentar profundamente e seguir nossa missão de continuar dando chance a outras pessoas que clamam por uma nova oportunidade. Aplaudiremos sempre a Justiça ao fazer seu papel com lisura e comprovação dos fatos, e vamos continuar aplaudindo a todos que entenderem que dar uma chance para quem errou um dia é fundamental, para a reconstrução da cidadania dessas pessoas".

A nota diz que "a CUFA vem a público reforçar que executa com dezenas de egressos do sistema penitenciário o Projeto Recomeço, programa que forma, emprega e beneficia apenados e ex-apenados, através da prestação de serviços de entrega e distribuição.

Contudo, queremos salientar que não respondemos pelas ações individuais de nenhum dos nossos atuais colaboradores ou fornecedores, e tampouco dos membros que por aqui passaram.

Realizamos o Projeto Recomeço com o intuito de gerar oportunidades e contribuir para a reinserção de egressos e seus familiares, que almejam uma vida melhor e dentro da lei, na sociedade.

Temos como princípio apoiar as leis e a atuação do poder público, de forma responsável, sempre visando o regular cumprimento do ordenamento jurídico".

De acordo com a Polícia Civil, depois de sair da prisão em 2016, Fabinho São João procurou a CUFA e escreveu uma carta de boas intenções que entregou em mãos a um juiz e um desembargador. Nela afirmara sua determinação em sair do crime. 

Fábio, segundo informações, ajudava na seleção de ex-presidiários que distribuíam produtos em comunidades mas teria tempo que ele não aparecia mais para trabalhar devido a problemas com a Justiça. 

O suspeito foi um dos principais alvos  da Operação Corimãos, deflagrada hoje para prender integrantes de uma facção criminosa que comanda o tráfico de drogas no Complexo de São João. A ação terminou com 13 prisões. 

Com base em investigações, os agentes descobriram o esquema usado pelos criminosos que exercem domínio das comunidades São João, Matriz, Quieto e Rato Molhado, todos localizados nos bairros do Engenho Novo e Sampaio, como os casos do próprio Fabinho São João, e Marcio José Guimarães, o Tchaca.

Segundo as informações, Fabinho São João vem tentando ocultar sua atuação no Complexo do São João e também em Manguinhos. Já Tchaca, preso há quase 20 anos, estava prestes a ganhar liberdade. Ambos têm um histórico em torno de 40 anotações criminais, cada um.

As investigações também levantaram a real possibilidade da existência de um cemitério clandestino situado no alto do Morro do São João e diligências foram realizadas, mas nenhum corpo foi achado.

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