Carência de médicos no setor público do Rio é alvo de críticas

No município do Rio de Janeiro, a carência de médicos na rede pública é um dos principais problemas denunciados por entidades do setor. Para o vereador Paulo Pinheiro, da Comissão de Saúde da Câmara, é difícil precisar a quantidade ideal de profissionais da área de saúde para a capital fluminense, mas aponta o salário baixo como fator desestimulante para os trabalhadores da área da Saúde.

Paulo Pinheiro explica que a necessidade de mais profissionais é definida pela dinâmica da unidade. “Não há como estabelecer um número com base na quantidade de habitantes de uma região. Cada unidade tem uma carência específica. Por exemplo, o Hospital da Piedade precisa de 10 anestesistas e 68 outros profissionais de Saúde”, disse.

O vereador da Comissão de Saúde da Câmara concorda que há carência de profissionais de Saúde no Rio de Janeiro. Para ele, as causas são bem claras:

“Os salários são baixos. Muitos médicos preferem pedir demissão, trabalhar sem garantia trabalhista e ganhar um valor maior. Por isso, deixam o serviço público”, disse.

Prefeitura nega carência de médicos

Em relação à convocação de profissionais que passaram pelos concursos de 2011 e 2013, a Prefeitura informa que não há nenhuma pendência com concursos públicos para a área da Saúde. Apesar das queixas da população, em nota a Prefeitura diz que, durante a gestão do prefeito Crivella, foram feitas 22 convocações com o objetivo de preencher 3.300 vagas para médicos e outros trabalhadores da área. No final de abril, tomaram posse 131 médicos. Um novo concurso para a contratação de 900 médicos foi aprovado pelo prefeito.

“Em janeiro, já haviam sido anunciados dois concursos com 139 vagas para outros profissionais de saúde. O primeiro edital foi lançado em março para enfermeiros, auxiliar e técnicos de enfermagem, enquanto o outro, publicado em abril, será destinado a fisioterapeutas, farmacêuticos, fonoaudiólogo, nutricionistas e psicólogos”, diz a nota.