De acordo com dados da Superintendência de Vigilância em Saúde do Município do Rio de Janeiro, de janeiro a maio deste ano, já foram registrados 11.392 casos de chikungunya na capital carioca. Desde 2017, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta sobre a possibilidade do aumento do número de registros da doença, devido ao perfil epidemiológico da população.
De todas as arboviroses que ocorrem no estado, a chikungunya, que teve os primeiros casos registrados na cidade em 2015, é a de maior probabilidade de ocorrência, uma vez que é causada por um vírus com o qual a maioria da população ainda não teve contato. Para o órgão, isso faz com que grande parte das pessoas esteja sem imunidade e suscetível à contaminação;
Em nota, a Superintendência também informou que, neste ano, o aumento do número de casos ocorreu justamente no período mais chuvoso e quente do ano. Tais dados já eram esperados por causa da sazonalidade das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Além disso, a secretaria orienta que a melhor forma de combater e prevenir o vetor seria evitar o nascimento do mosquito, eliminando ou tratando os depósitos de água que podem se tornar criadouros.
Neste sentido, as ações da SMS são permanentes e realizadas ao longo de todo o ano, mesmo nos períodos de menor incidência das doenças. Desse modo, nos períodos mais quentes e chuvosos do ano, condições que favorecem o surgimento de criadouros e a maior ocorrência das doenças, as medidas profiláticas são intensificadas.
A SMS ainda informou que, em 2019, já foram realizadas mais de 3,5 milhões de visitas de inspeção para busca e eliminação de possíveis focos do mosquito em toda a cidade. Em 2018, durante todo o ano, foram 10.284.628. Além do combate ao vetor, a Secretaria realiza também ao longo do ano, em todas as unidades de Atenção Primária e seus territórios, ações educativas para orientar a população sobre as medidas que todos podem fazer para auxiliar na prevenção. Isso porque, 80% dos criadouros do aedes aegypti são encontrados nas residências.