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Milícia do Cabral responsável por 18 homicídios ou tentativas de assassinatos continua na ativa em Meriti

Nesta terça, um dos 'cabeças' foi preso pela Polícia Civil

Por Mario Hugo Monken em 28/05/2019 às 16:37:47

A Polícia Civil capturou na tarde desta terça-feira (28), no conjunto habitacional Venda Velha 01, Jonatas Cristiano dos Santos, conhecido como Maisena, apontado como “02” na hierarquia da milícia do Cabral, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. 

O criminoso vinha sendo monitorado há quatro semanas e foi detido sem nenhum disparo de arma de fogo, após ação de inteligência que contou até com um drone para facilitar a captura.

Em agosto de 2017, nove pessoas foram presas por suspeita de integrarem a chamada Milícia do Cabral, no total, 32 pessoas foram investigadas por formação de milícia privada, extorsão, tráfico de armas e munições, corrupção ativa e passiva, agiotagem e vários homicídios. Dez dos identificados respondem por 18 homicídios ou tentativas de homicídio.

O líder do grupo era Manoel Cabral Queiroz Junior, conhecido como Cabral, um policial militar reformado que tinha uma empresa de segurança atuando nos condomínios do Venda Velha 1 e 2, do Minha Casa, Minha Vida, além de outras localidades próximas. Ele está preso.

A investigação começou após um jovem de 17 anos sobreviver a uma tentativa de triplo homicídio, em março de 2016, em Belford Roxo, pelo mesmo grupo miliciano que se instalou na região, aterrorizando moradores. As investigações seguem na unidade policial para identificar os outros comparsas e cumprir os mandados de prisão em aberto.

Na mesma investigação, dois PMs foram apontados como envolvidos com a quadrilha.. De acordo com o MPRJ, eles receberam pagamentos semanais para não reprimir as atividades ilegais da organização criminosa. As investigações indicam pagamento de propina inclusive em frente ao próprio Batalhão.  

A milícia atua extorquindo comerciantes da Baixada Fluminense em troca de suposta segurança. O grupo também pratica roubo de carros. Segundo o Ministério Público fluminense, a organização criminosa age com grande violência, executando inimigos, e já chegou até a desfilar com suas vítimas algemadas por ruas e praças da Baixada antes de matá-las.
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