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Liga da Justiça na cadeia

Milicianos intitulados como a 'Liga da Justiça' movimentam mais de R$ 10 milhões

Em parceria com a Polícia Civil, MPRJ está atrás de integrantes do grupo por lavagem de dinheiro


Miliciano conhecido como Zinho é um dos sete integrantes que tem mandato de prisão. Foto: PCERJ/Reprodução

Agentes do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) estão realizando na manhã desta quarta-feira (03), em parceria com a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, uma operação para cumprimento de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra sete denunciados pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, constatados a partir da verificação de inúmeras operações financeiras irregulares realizadas por pessoas físicas e jurídicas integrantes da chamada ‘Liga da Justiça’, milícia que atua em diversos bairros da Zona Oeste do Rio, especialmente na região de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência. Estima-se que os denunciados tenham movimentado de forma ilícita mais de R$ 10 milhões.

A denúncia tem base no Inquérito Policial 202-0028/2017 e em peças angariadas no bojo da Ação Penal nº 0029858-16.2015.8.19.0206, que desbaratou organização criminosa estruturada para a prática de diversos crimes, em especial extorsões e homicídios, praticados pela citada organização criminosa que desde a década de 1990 domina a região. Na ação, que culminou na condenação de todos os denunciados, foi comprovado que Luís Antônio da Silva Braga atua como braço financeiro e uma das lideranças do grupo. Vale destacar que Luis Antonio é irmão do falecido Carlinhos ‘Três Pontes’, conhecido miliciano que chefiou a ‘Liga da Justiça’ até sua morte, e também irmão de Wellington da Silva Braga, vulgo ‘Ecko’, igualmente apontado pelo setor de segurança pública como uma das principais lideranças milicianas foragidas.

A indevida vantagem econômica do grupo é obtida via constrangimento dos moradores e comerciantes da região, motoristas/proprietários de vans e Kombis, legalizados ou “piratas”, sempre com o emprego de violência ou grave ameaça, e preferencialmente com o uso de armas de fogo. Numa tentativa de dar aspecto legal a tais recursos, foram utilizadas para ‘lavagem de dinheiro’ pessoas jurídicas como a Macla Extração e Comércio de Saibro Eireli – EPP e a Hessel Locação de Equipamentos Ltda, empresas ligadas à ‘Liga da Justiça’. Além de Luís Antônio, estão denunciados Clayton da Silva Novaes, Fabiana Castilho Alves Duque, Sidnei Coutinho Perrut, Carla dos Santos Alves da Silva, Márcio Jacob Hessel e Jenilson Simões Gonçalves.

A  denúncia foi recebida e as prisões decretadas pelo juízo da  42ª Vara Criminal da Comarca da Capital.
MPRJ PCERJ Milícia Liga da Justiça

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