A arte como instrumento de cura. Esse é principal eixo de atuação do psiquiatra social e ator Vítor Pordeus, que começou na última terça-feira (9), a oficina livre de formação de atores na Biblioteca Parque Estadual, no Centro.
Todas as terças e quintas-feiras o grupo Teatro de DyoNises, liderado por Vítor, ocupará a biblioteca para ensaios abertos da peça Hamlet, de William Shakespeare.
Grande entusiasta do trabalho de Nise da Silveira - pioneira em psiquiatria transcultural no Brasil -, Pordeus e sua equipe desenvolvem há mais de uma década a prática teatral dentro da dinâmica terapêutica de saúde mental.
“A saúde precisa da arte para enxergar o passado e entender os processos sintomáticos que afligem as pessoas. O teatro é uma possibilidade de resgate dessas memórias e o caminho para o entendimento de questões que adoecem”, explicou Pordeus.
As oficinas abordam questões sociais e comportamentais por meio da arte, seguindo a metodologia Junguiana. Segundo o psiquiatra, o grupo está aberto a todos os interessados.
“Queremos integrar a população em situação de rua que já frequenta a biblioteca. Convocamos todos para essa imersão em Shakespeare, na cultura e na saúde mental”, destacou.