O Brasil está na expectativa da aprovação da reforma da Previdência. O tema é relevante, pois espera-se que com a medida o país consiga conter o aumento dos gastos públicos. Mas se o Estado não tem capacidade de se endividar para investir e assumir sozinho os desafios nos próximos anos, qual será o seu papel nesse novo cenário? O II Rio Money Forum reúne no Rio de Janeiro especialistas e representes do governo de diferentes áreas – como sistema financeiro, privatização, inovação, contas governamentais, produtividade e regulação – para discutir o tema e trazer luz aos principais desafios do país no curto e médio prazos. O evento será realizado no dia 15 de julho, segunda-feira, das 9h às 17h30, no Centro Cultural FGV, e conta com palestra do vice-presidente da República, General Hamilton Mourão, na abertura.
O tema central é o capitalismo, que permeia todo o debate. O primeiro painel abordará como o Brasil pode ser um país mais competitivo, por meio da melhora da produtividade e da abertura da economia. Já o painel seguinte discutirá distribuição de renda, democratização do acesso ao crédito e sustentabilidade. Ainda pela manhã, o Forum dará espaço para a discussão sobre a importância da inovação. Para Thomás Tosta Sá, presidente do Comitê para o Desenvolvimento do Mercado de Capitais (CODEMEC), o controle do déficit fiscal é uma questão fundamental e está encaminhado com a reforma da Previdência. Sá ressalta outras medidas que o governo pode tomar para ajudar no desenvolvimento do país. "O BNDES será, sim, o grande banco de desenvolvimento social, investindo em infraestrutura e na pequena e na média empresa, que são as grandes geradoras de emprego e inovação".
Na parte da tarde, os três painéis irão abordar a nova economia liberal, o papel e o tamanho do Estado na economia e as críticas ao capitalismo. Armando Castelar, um dos palestrantes, chama atenção para a agenda do governo, que acena com a abertura econômica. Segundo o coordenador da Economia Aplicada do FGV IBRE, é primordial apostar na melhora do ambiente de negócios em um momento de dificuldade fiscal. "A assinatura do acordo entre Mercosul e União Europeia é um avanço nessa agenda (abertura econômica). O acordo é um grande motivador para que se faça novos acordos. Também acho que a iniciativa está preparada para assumir esse papel (investimentos) e há o próprio esgotamento fiscal. Além disso, têm as privatizações – Petrobras e Eletrobras têm atuado em vender ativos – e têm ações em outras dimensões, como na área de regulação", detalhou Castelar.
O II Rio Money Forum acontece no Centro Cultural FGV (Praia de Botafogo, 186, Botafogo), das 9h às 17h30. Mais informações e inscrições pelo Portal IBRE: portalibre.fgv.br.
PROGRAMAÇÃO
9h às 9h30 | Abertura
Palestrantes
General Hamilton Mourão – Vice-Presidente da República
Carlos Ivan Simonsen Leal – Presidente da FGV
Thomás Tosta de Sá – Presidente do CODEMEC – Comitê para o Desenvolvimento do Mercado de Capitais
Otavio Leite – Secretário de Turismo do Estado do Rio de Janeiro
9h30 às 10h30 | Painel 1 – Não há Capitalismo sem Competição
Palestrantes
Abertura da economia – Marcio Fortes – Professor convidado da Columbia University
Produtividade – Carlos da Costa – Secretário de Produtividade do Ministério da Economia
Privatizações – José Pio Borges – Presidente do CEBRI (Centro Brasileiro de Relações Institucionais) e ex-presidente do BNDES
Moderador
Claudio Contador – Economista
10h30 às 11h30 | Painel 2 – O Capitalismo e os Fatores de Produção
Palestrantes
O trabalho e a distribuição de renda – Marcelo Neri – Diretor da FGV Social
A democratização do acesso aos serviços financeiros – João Manoel Mello – Diretor do DIORF do Banco Central (Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução)
Recursos naturais e a sustentabilidade do meio ambiente – Bernardo Silva – Presidente Executivo da ABBI (Associação Brasileira de Bioinovação)
Moderador
Antonio Alvarenga – Presidente da SNA (Sociedade Nacional da Agricultura)
11h30 às 12h30 | Painel 3 – Inovações do Capitalismo
Palestrantes
Papel no desenvolvimento das nações – Paulo Rabello de Castro – Economista
Alternativas de capitalismo – Professor Antonio Botelho – Universidade Cândido Mendes
O papel do Sebrae na inovação para micro e pequena empresa – Tito Ryff – Gerente de Políticas Públicas do Sebrae-RJ
Moderador
Rubens Penha Cysne – Diretor da FGV EPGE
12h30 às 14h | Intervalo para almoço
14h às 15h | Painel 4 – Desafios do Capitalismo e a Nova Economia Liberal
Palestrantes
O trabalho do aposentado – Antonio Nogueira Leitão – Diretor do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon
O papel dos bancos de desenvolvimento – Joaquim Levy – ex-CFO do Banco Mundial
As fintechs na nova economia – João Andre C. M. Pereira – Chefe do DENOR do Banco Central (Departamento de Regulação do Sistema Financeiro)
Moderador
Francisco Antunes Maciel Müssnich – Sócio do BMA Advogados
15h às 16h | Painel 5 – Desafios do Capitalismo e o Papel do Estado na Economia
Palestrantes
No planejamento estratégico – Armando Castelar – Coordenador da área de Economia Aplicada do FGV IBRE
Na área da pesquisa – Eduardo Costa – Professor da Universidade Federal de Santa Catarina
Moderador
Francisco A. Costa e Silva – Sócio da Bocater Camargo Costa e Silva Advogados
16h às 17h | Painel 6 – As Críticas ao Capitalismo
Palestrantes
Responsabilidades das empresas para a sociedade – Gustavo Pimentel – Diretor do SITAWI Finanças do Bem
Na governança das empresas – Renato Chaves – Blog da Governança
No tratamento dos acionistas minoritários – Mauro Cunha – Presidente da AMEC (Associação de Investidores no Mercado de Capitais)
Moderador
Augusto Frigo – Sócio do Balera, Berdel e Mitne Advogados
17h | Encerramento
Palestrante
Paulo Guedes – Ministro da Economia (convidado)