Com o intuito de ampliar o ensino de inglês aos alunos de judô da Cidade do Rio de Janeiro, o Instituto Reação e o curso de inglês Brasas firmaram uma parceria que além de manter as aulas nas unidades existentes também ensinam para adolescentes de outros bairros.
Na primeira fase da parceria, iniciada em 2016, os atletas maiores de 14 anos do Instituto começaram a aprender inglês e as aulas eram ministradas internamente, no Polo Rocinha Instituto Reação e no Polo Cidade de Deus. E atualmente, os alunos selecionados pelo Instituto estudam nas unidades BRASAS Taquara e Leblon.
Para o fundador e responsável pela manutenção da ONG, o ex-judoca Flávio Canto, a parceria vai ajudar mais adolescentes com baixas condições financeiras a conquistarem coisas positivas para o futuro. Citando a atual campeã olímpica e recém campeã pan-americana Rafaela Silva, o medalhista de bronze da Olimpíada de Atenas, em 2004, falou como o ensino de inglês foi fundamental no aprendizado da atleta, que começou a lutar judô no Instituto Reação.
"A missão do Reação é formar faixas pretas dentro e fora do tatame e sabemos que o inglês é uma ferramenta que pode contribuir muito para o crescimento dos nossos alunos. Por isso, essa parceria com o BRASAS é um sonho realizado no Reação. A gente tem um número grande de atletas seguindo os passos da Rafaela, rodando o mundo pelas seleções brasileiras de base de judô, e com o domínio do inglês essas viagens têm uma dimensão muito diferente, de conhecer e entender o mundo falando uma língua praticamente universal. Temos alguns alunos que viajaram o mundo dando aula de judô e o inglês foi um instrumento indispensável para que esses projetos e sonhos se realizassem. Acreditamos que com essa parceria mais pessoas terão cada vez mais oportunidades de explorar novos caminhos", ressalta Canto.
De acordo com diretora, alunos do Reação são os mais dedicados
A diretora da unidade Leblon do Brasas, Valéria Real, destaca que os alunos do Reação têm os melhores desempenhos em provas e trabalhos, sendo que alguns já se encontram no nível intermediário de aprendizado do inglês. Para ela, isso é fruto do empenho e da forma como os alunos procuram participar ao máximo das atividades do curso.
"Eles fizeram todo o curso básico com as aulas internas nos Polos. Agora já estão com um domínio maior do inglês e podendo trocar e interagir com os outros alunos do curso", esclarece Valéria, que também salienta que o aproveitamento e a assiduidade dos alunos são os critérios para manutenção das bolsas de estudo.
Mudança benéfica para colaboradores
Ao contrário do que era feito anteriormente, professores e colaboradores do Instituto Reação também podem estudar no curso. A parceria estabeleceu isso como uma forma de premiação. Quem comemorou a mudança foi o professor da ONG Felipe Silva, de 32 anos. Integrante do projeto desde quando entrou como aluno, em 2000, ele relata os frutos que colheu através da parceria
"Entrei no Reação no ano 2000, como aluno, passando a atleta e professor no Instituto. Desde 2015, vinha tentando passar em uma seletiva para dar aula nos Emirados Árabes Unidos. Infelizmente eu não passava por causa do meu nível muito baixo no inglês. Fracassei em 3 seletivas. Mas esse cenário mudou quando, através dessa parceria do Instituto com o BRASAS, eu consegui um avanço rápido no aprendizado da língua, chegando até ao 4° livro. Refiz a seletiva com outros 15 candidatos e passei em 2°