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CPB lança linha própria de uniformes para os Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019

Em evento no CT Paralímpico, CPB, além dos trajes, dá a largada ao seu programa de licenciamento de produtos e à nova campanha publicitária

Por Portal Eu, Rio! em 13/08/2019 às 13:44:14

Foto: Divulgação/CPB

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) promoveu um evento na manhã desta terça-feira, 13, para anunciar três importantes projetos para o mercado publicitário e empresarial do Brasil, tendo como pano de fundo, a participação nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Na pista de atletismo indoor do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, foi realizado um desfile dos trajes a serem utilizados pelos atletas na capital peruana, assim como a exibição da nova campanha publicitária do CPB, intitulada “Movimento Paralímpico”, e o início do programa de licenciamento de produtos, cujo primeiro parceiro é a Reserva.

Os Jogos Parapan-Americanos de Lima serão a principal competição paralímpica da temporada 2019, de 23 de agosto a 1º de setembro, em Lima, no Peru. Ao todo, serão 512 integrantes na missão brasileira, sendo 337 atletas, de 23 estados e do Distrito Federal, em 17 modalidades. Esta é a maior delegação brasileira da história, e tem como meta manter-se na primeira colocação do quadro geral de medalhas, tal qual ocorre desde o Rio 2007. Na última edição do Parapan, em Toronto, há quatro anos, o Brasil subiu ao pódio 257 vezes, das quais 109 foram no ponto mais alto.
“Em dez dias, terá início a maior competição da temporada, os Jogos Parapan-Americanos de Lima, um desafio muito grande para toda a nossa equipe, porque colheremos os frutos de tudo que tem sido feito nos últimos anos. Para este momento bastante especial procuramos pensar em todos os detalhes para termos uma grande participação. Pela primeira vez, nós deixaremos de ir a reboque. Eu me lembro das outras missões, em que o material era feito e nós tínhamos que nos adaptar a ele. Agora, fizemos diferente, sob medida, pensando em todas as especificidades de cada deficiência para ter o melhor uniforme possível”, comentou Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, bicampeão paralímpico de futebol de 5 (para cegos) em Atenas 2004 e Pequim 2008.
“O desafio era desenvolver produtos que conversassem com a identidade visual e que atendesse à alta performance. Precisamos pensar em engenharia de produtos e gramatura de tecido para ser funcional. Nós conversamos com a área técnica do Comitê Paralímpico Brasileiro e com os atletas para entender a necessidade deles. A linha foi feita com foco no atleta paralímpico e têm detalhes que atendem às suas características. Por exemplos, as calças têm zíper para facilitar aos que usam próteses. Essa pesquisa é um diferencial, não só a nossa estampa exclusiva”, explicou a mineira Amanda Rabelo, responsável pela equipe de designers do CPB, que idealizou os uniformes.
“Estou muito feliz por fazer parte desse desfile, que é um momento histórico. As roupas ficaram lindas e isso mostra o quanto o CPB e o Movimento Paralímpico cresceram. É muito bacana ter a nossa própria confecção e as pessoas poderem adquirir o seu no futuro”, comentou o nadador multimedalhista, Daniel Dias.
“Eu amei os uniformes, o CPB está de parabéns. A cada ano, o nosso uniforme veio evoluindo e, com essas novas peças, eu tenho toda a facilidade do mundo para vestir. Foi feito para nós. Pensaram em todos os detalhes, nas necessidades de cada deficiência”, destacou a lançadora de dardo Raíssa Machado, que tem má-formação nos membros inferiores.
“Os uniformes ficaram sensacionais, superam as expectativas. Eu, particularmente, estava ansiosa para vesti-los e, de todas as edições que eu já recebi, está é a mais bonita e confortável. Eu desfilei com o uniforme de pódio, agora espero que vista ele de novo com uma medalha de ouro em Lima”, disse a judoca Alana Maldonado, que tem baixa visão.
O CPB aproveitou a ocasião para apresentar o seu novo posicionamento institucional. Para isso, lançou a campanha “Movimento Paralímpico”, sobre conscientização do esporte para pessoa com deficiência. O halterofilista mineiro Mateus Assis, o velocista paranaense Vinícius Rodrigues e a nadadora potiguar Dayane Silva gravaram por duas semanas no CT Paralímpico, e estrelarão três vídeos cada um, com duração de 15, 30 e 60 segundos, e um vídeo de 60 segundos com a participação dos três.
“É muito gratificante fazer parte desse projeto. Nós que participamos sabemos que isso vai repercutir por muitos e muitos anos e vai influenciar diretamente nas novas gerações que estão chegando. Acho que o nosso objetivo vai ser cumprido, com muita plenitude com a certeza de que o esporte paralímpico será fomentado”, comentou Dayane, que tem má-formação nos membros superiores.
“Representar tantos atletas é muito bom. Querendo ou não, vai engajar mais as novas gerações que estão vindo. E o Movimento Paralímpico é isso: mostrar para as pessoas, tanto convencionais quanto paralímpicas, que a gente tem o nosso valor e que a gente pode fazer coisa, mesmo tendo deficiência”, falou Mateus, que tem limitação nos movimentos inferiores devido a mielomeningocele.
“Depois que eu entrei para o esporte paralímpico, além de ser atleta, participo de algumas ações. Estou feliz de estar na campanha do CPB. É uma honra representar essa entidade. E a gente tem uma representatividade muito grande nessas campanhas. Eu sou amputado e quando você vê uma pessoa que te representa, acho que é algo muito importante e a mídia cada vez mais nos dá esse espaço”, comentou Vinicius, que amputou a perna direita acima do joelho devido a um acidente de moto.
A campanha terá três etapas até o fim de 2020, e a fase de abertura será veiculada de agosto a dezembro de 2019 nos canais SporTV e nas redes sociais do CPB. Durante o evento desta terça-feira, também foi anunciado o início de um programa de licenciamento de produtos alusivos ao movimento paralímpico. A primeira parceria é a comercialização de camisetas produzidas pela Reserva, com o mote da campanha.
Confira os vídeos e a campanha no site: www.movimentoparalímpico.com.br
“Esta é uma campanha importante, que mostra a capacidade e o potencial do atleta como atleta. Principalmente, deixa claro que a deficiência é só um detalhe, que o esforço, a dedicação, o sacrifício e a habilidade estão em primeiro lugar e, naturalmente, cada um tem uma característica que, às vezes, representa uma limitação que demanda ainda mais dedicação esforço e superação”, disse o presidente Mizael Conrado.
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