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Prefeitura cria grupo de trabalho permanente contra vandalismo

Gastos apenas para a reposição de placas de trânsito e papeleiras e com a manutenção de monumentos chegam a R$ 4.4 milhões/anuais

Por Portal Eu, Rio! em 13/08/2019 às 22:02:05

Foto: Divulgação

A Prefeitura do Rio vai criar grupo de trabalho permanente para articular - em conjunto com órgãos estaduais, federais, pesquisadores e entidades ligadas à conservação - iniciativas contra o vandalismo. A decisão foi tomada durante a sessão do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), realizada pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), nesta terça-feira, dia 13, no Centro de Operações Rio. O evento debateu com representantes das polícias Civil e Militar, Iphan, historiadores, vereadores e as secretarias do governo formas de combater este problema – um reflexo social que gera prejuízos ao patrimônio para os cofres públicos. Por ano, o município arca com cerca de R$ 4.4 milhões apenas para a reposição de sinalização de trânsito e papeleiras, além da manutenção de monumentos.

Para o secretário municipal de Ordem Pública, Paulo Amendola, que conduziu o encontro, a integração de diferentes áreas é o caminho para uma solução gradual do problema. “O grupo irá agir em três pilares: educação, fiscalização e repressão para conscientizar e coibir o dano ou o furto do patrimônio. A questão da educação é importante, visto a necessidade de conscientizar a população, aliada às ações de ordenamento que a Prefeitura já vem realizando em diversos pontos da cidade, como nas Zonas Oeste, Norte e Centro (iniciada nesta segunda-feira, dia 12). Outras inciativas debatidas aqui serão aplicadas após análise do grupo", informou. A composição do colegiado será publicada no Diário Oficial do Município.

Patrimônio em risco - Ao todo, o Rio possui 1.373 monumentos históricos e 2.200 praças e parques, além sofrer diariamente com furtos e depredações de placas, lixeiras e outros mobiliários. Entre as iniciativas, o GGIM debateu a parceria da iniciativa privada na administração de espaços públicos, leis mais severas contra atos de vandalismo, uso da tecnologia na vigilância e campanhas de conscientização para a população.

O evento contou também com exposição da gerente de Chafarizes e Monumentos da Secretaria Municipal de Conservação (Seconserva), Vera Dias, que apresentou as principais ações e desafios da Prefeitura na preservação de seu acervo. “Todos os monumentos vandalizados estão registrados em Delegacia para investigação policial, por se tratar de uma questão de segurança pública”, explicou. Entre medidas previstas pelo órgão para estancar os furtos, está a presença constante das equipes de manutenção nos monumentos, a possível utilização de câmeras, inclusive por meio de parcerias com prédios residenciais e comerciais, a fim de registrar flagrante e coibir os atos.

R$ 4.4 milhões - O custo para a Seconserva manter monumentos e chafarizes é de R$ 1,8 milhão por ano. Outros R$ 2 milhões anuais são gastos pela CET-Rio na substituição e conserto de placas e sinalização de trânsito. Já a Comlurb arca com R$ 580 mil/anuais para recuperar papeleiras, apenas para citar alguns exemplos.

"Fazemos um apelo para que a população cuide e preserve esses equipamentos para que todos possam utilizá-los de forma correta. O vandalismo causa enormes prejuízos a todos. A população deve se conscientizar que devemos fiscalizar e cuidar do patrimônio público", reforçou o presidente da Comlurb, Tarquinio Almeida, durante a reunião, onde apresentou as novas papeleiras galvanizadas que passam por teste contra depredação.

O novo modelo foi instalado recentemente no Méier como teste. Os equipamentos - feitos com chapas galvanizadas e emborrachadas e fixados no chão - são construídos na própria fábrica da Companhia (a Aleixo Gary), que funciona desde a década de 30 na Zona Oeste. A papeleira também só pode ser manipulada pelo gari: com uma chave própria, ele abre o equipamento e retira o cesto interno para remoção dos resíduos. A Comlurb conta atualmente com 38.049 recipientes plásticos instalados, em média de 500 a 600 unidades são vandalizadas por mês, ou 6.600 por ano

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