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Wagner Moura divulga trailer do filme 'Marighella'

O longa tem estreia marcada para o dia 20 de novembro e conta a história do guerrilheiro e militante político Carlos Marighella

Por Anderson Madeira em 23/08/2019 às 10:30:18

O ator Seu Jorge (E) interpreta o personagem Carlos Marighella no filme dirigido por Wagner Moura (D). Foto: Divulgação

Já está na internet o trailer do filme “Marighella”, dirigido pelo ator Wagner Moura. O longa tem estreia marcada para o dia 20 de novembro e conta a história do guerrilheiro e militante político Carlos Marighella, morto em 1969 pelas forças de repressão durante o regime militar, em uma emboscada.

O personagem-título é interpretado pelo ator e cantor Seu Jorge. No elenco estão ainda Adriana Esteves, Bruno Gagliasso, Jorge Paz, Luiz Carlos Vasconcelos, Humberto Carrão, entre outros. Ele foi apresentado na mostra principal do Festival de Berlim, em fevereiro deste ano, onde foi bem recebido pelo público e crítica. No evento, Moura, que faz a sua estreia na direção de um filme, comparou o guerrilheiro com a vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros em março de 2018 no Rio.

“Marighella, negro e revolucionário, foi assassinado por forças do Estado em 1969 no seu carro e, 50 anos mais tarde, uma vereadora negra morreu da mesma forma nas mãos, provavelmente, de agentes do Estado”, disse o diretor.

Diferente do Marighela da vida real, que foi branco, o do filme é negro. Opção escolhida por Moura para criticar o racismo no país. Nascido em Salvador, na Bahia, em 5 de dezembro de 1911, o militante chegou a ser eleito deputado federal constituinte pelo PCB (Partido Comunista Brasileiro) em 1946. Durante a ditadura, foi considerado inimigo “número um”. Foi um dos fundadores da Ação Libertadora Nacional (ALN).

No ano de 1996, o Ministério da Justiça, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), reconheceu a responsabilidade do Estado pela sua morte. Em março de 2008 foi decidido que a sua companheira, Clara Charf, deveria receber pensão vitalícia do governo brasileiro, embora a família de Marighella não tenha pedido reparação econômica, mas, apenas o reconhecimento da perseguição. Em 2012, no Governo Dilma Rousseff, o então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, oficializou a anistia “post mortem” de Marighella.


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