Guerra de milícias pelo monopólio do gás terminou em mortes de entregadores em Saracuruna

As investigações concluíram que eles pertenciam a uma quadrilha que esteve em guerra com outro grupo paramilitar pela disputa do monopólio de gás. Por conta desta disputa, dois entregadores de gás acabaram assassinados. Traficantes também participavam deste conflito.

A organização que fazia parte os condenados atuou no período compreendido entre o ano de 2012 até setembro de 2017. Praticava crimes de extorsão a moradores e comerciantes, furto de sinal de TV a cabo, roubo de carga, crime de usura, furto de combustível e homicídio.

Os paramilitares também emprestavam dinheiro a juros ilegais aos comerciantes e moradores e exploravam, não só o gás, como o serviço de mototáxis.

As investigações revelaram que o bando praticava roubo de combustível da Petrobras, através de perfuração dos dutos. Eles furtavam o combustível e vendiam e teria ocorrido homicídios por conta destes delitos.

Os entregadores de gás que foram mortos trabalhavam para um policial civil ou um ex-policial civil e acabaram assassinados em represália ao chefe da outra milícia.

A guerra entre os milicianos da região chegou ao ponto de um grupo incendiar a casa de um integrante da quadrilha rival.

Um dos líderes deste grupo e que não foi condenado neste processo foi preso no Espírito Santo. Traficantes atentaram contra a sua vida.

Há relatos de um homicídio de um jovem que passava para integrantes da milícia informações sobre agiotagem.

Parte das denúncias contra a quadrilha partiu de um homem que foi preso este ano suspeito de pertencer à milícia mas que, durante o processo, alegou ter sido obrigado a se mudar de Saracuruna porque foi ameaçado de morte pelos paramilitares já que chegou a ser vinculado à organização rival.