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Diagnóstico precoce é a melhor forma de tratamento para quem sofre de esclerose múltipla

Mais de 40 mil brasileiros sofrem da doença, segundo dados da Federação Internacional de Esclerose Múltipla (MSIF)

Por Portal Eu, Rio! em 31/08/2019 às 09:03:42

Foto: Pixabay

Mais de 40 mil brasileiros sofrem de esclerose múltipla, segundo dados da Federação Internacional de Esclerose Múltipla (MSIF), sendo esta uma doença que não tem cura nem origem determinada. O Dia Nacional de Conscientização sobre Esclerose Múltipla, que foi em 30 de agosto, teve por objetivo chamar atenção para a natureza dessa enfermidade e a importância do diagnóstico precoce.

Segundo o neurologista Flávio Diniz Ribas, que integra o corpo clínico do Hospital Dona Helena, a esclerose múltipla acomete mais intensamente jovens entre 20 e 40 anos, de pele branca, especialmente mulheres, embora também haja casos de idosos. A origem da doença pode estar relacionada a fatores genéticos e ambientais ou à infecção por vírus, mas não há consenso sobre esses aspectos.

A esclerose múltipla é inflamatória e de caráter autoimune, ou seja, é causada pelo próprio sistema de defesa do corpo humano. Flávio Ribas esclarece que a condição ataca e deteriora a bainha de mielina, que auxilia a transmissão e condução dos impulsos nervosos pelos neurônios. Pode acometer qualquer área do sistema nervoso central, criando uma gama diversificada de sintomas, com diferentes graus de severidade, que variam desde visão dupla e fadiga até depressão.

Não é uma doença mental, nem contagiosa, e o tratamento consiste em amenizar as consequências e tornar os surtos menos recorrentes e mais suaves, visando aumentar a qualidade de vida do paciente, reduzir a dor e evitar que afete as tarefas cotidianas. O tratamento pode ser feito com medicações injetáveis ou orais, tanto em casa quanto no hospital, a depender do estágio da doença do paciente, esclarece o neurologista.

Alguns portadores da doença não apresentam sintomas severos durante longo tempo, mas é importante que a esclerose seja diagnosticada e acompanhada para impedir que ataque o paciente com um surto grave ou deteriore a massa cinzenta do cérebro e deixe sequelas. “O diagnóstico é feito com base no histórico clínico do paciente, exame físico e exames complementares, como a ressonância do encéfalo ou da medula”, diz o neurologista, reiterando que o diagnóstico é difícil. O médico explica que o exame de sangue ajuda a descartar outras possíveis doenças.

“Estar ciente dos sintomas, da forma como a doença aparece e progride e mais todos esses outros conhecimentos tornam o paciente mais apto a suspeitar da esclerose e procurar um neurologista para estabelecer um diagnóstico e receber o tratamento adequado”, alerta Flávio Ribas.

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