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Bolsonaro afirma que irá à ONU para falar da Amazônia, mesmo após uma cirurgia de hérnia

Presidente irá fazer uma operação nesse domingo, e a reunião na Assembleia Geral será dia 20

Por Leonardo Pimenta em 02/09/2019 às 17:54:33

Foto: Alan Santos/PR

O presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou, na manhã desta segunda (02), que estará na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) no dia 20 de setembro em Nova York, mesmo após a cirurgia desse domingo. Bolsonaro irá operar a hérnia, após outras três cirurgias realizadas recentemente. Segundo a assessoria de imprensa da presidência da República, Jair Bolsonaro fará a cirurgia neste domingo e ficará 10 dias em recuperação. Jair Bolsonaro afirmou que irá à Assembleia da ONU "nem que seja de cadeira de rodas".

"Eu vou comparecer à ONU nem que seja de cadeira de rodas, de maca, vou comparecer. Porque eu quero falar sobre a Amazônia. Mostrar para o mundo com bastante conhecimento, com patriotismo, falar sobre essa área ignorada por tantos governos que me antecederam", disse Bolsonaro, quando saía do Palácio da Alvorada.

A decisão de participar da reunião na ONU ocorreu após o secretário-geral da organização, Antonio Guterres, afirmar, na semana passada, que incluiria o problema do incêndio na Amazônia na pauta da reunião desse mês.

"Pedimos veementemente que os recursos sejam alocados e contatamos os países para ver se poderia haver uma reunião dedicada à ajuda à Amazônia durante a Assembleia Geral", afirmou Guterres.

O problema foi evidenciado após o presidente da França, Emmanuel Macron, postar, nas suas redes sociais, uma foto da área ambiental da Amazônia em chamas e convocar ajuda dos outros países. O presidente Jair Bolsonaro criticou a postura do governante francês, e uma troca de ofensas vem sendo divulgada, desde então, por toda a mídia. A situação gerou um desgaste diplomático que prejudica o acordo comercial feito entre o Mercosul e o G7. Jair Bolsonaro chegou a lembrar, nesta manhã, a oferta de doação de 20 milhões, feita pelo G7, e considerou uma "esmola".

"Ela foi praticamente vendida para o mundo. Eu não vou aceitar esmola de país nenhum do mundo a pretexto de preservar a Amazônia. Mas, na verdade, está sendo loteada e vendida", comentou o presidente.

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