A partir deste mês, o Rio de Janeiro é o estado com o sistema de videomonitoramento de unidades prisionais mais moderno do Brasil. Legado do Gabinete de Intervenção Federal (GIF), com investimento de R$ 28 milhões, a avançada central de vigilância - com 1.800 câmeras - dispõe de speed dome, tecnologia para visualização de longo alcance instalada em pontos estratégicos como corredores de pavilhões, pátios, portarias, áreas externas, muralhas e galerias.
Além disso, os dispositivos contam ainda com reconhecimento facial, identificadoras de placas veiculares, além de gerenciador de imagens com inteligência artificial. O sistema, instalado no Complexo de Gericinó, em Bangu, ainda conta com vídeo wall, com 12 telas e 10 monitores, e servidores de última geração para armazenamento de imagens.
“É o mais moderno centro de monitoramento do país, com 1.800 câmeras que possuem 90% de efetividade no reconhecimento facial distribuídas em todas as 51 unidades prisionais do estado. A Secretaria de Administração Penitenciária faz parte do sistema de segurança pública. É notória a diminuição dos índices de criminalidade em todo o país quando há um aparato prisional seguro e eficaz", explicou o secretário de Administração Penitenciária, Alexandre Azevedo.
Na sede da secretaria, no centro do Rio, há outro centro de monitoramento, interligado com o de Gericinó.
Unidades do estado monitoradas
Ao todo, o Rio de Janeiro tem 51 unidades prisionais sob administração da Secretaria de Administração Penitenciária – 27 delas estão no Complexo de Gericinó, que concentra 80% da população carcerária fluminense. A integração do sistema permite o monitoramento à distância de todas as penitenciárias pelos agentes.
Parcerias entre a Secretaria de Polícia Civil e o Detran.RJ estão sendo feitas para o uso compartilhado dos respectivos bancos de dados para identificação de pessoas e veículos que entram e saem das unidades. Além disso, segundo a pasta, os novos equipamentos, que têm tecnologia norte-americana, são protegidos contra a ação de ataques virtuais e vão também auxiliar as fiscalizações. O objetivo é coibir a entrada de materiais ilícitos e possíveis regalias nos locais, o que promove um fortalecimento da corregedoria da pasta.
"Em uma situação de crise, será possível ter as informações em tempo real, sendo possível acionar todos os entes do Estado. É um avanço para a tomada de decisões rápidas e estratégicas pelo Governo. Este novo sistema entrega uma eficaz segurança pública para a sociedade fluminense", finalizou o secretário.