O final do ano está chegando e com ele as contratações extra-Natal. A expectativa em torno das contratações deste ano é grande, principalmente pelo reaquecimento do comércio. Outro fator que gera otimismo é a possibilidade de utilização de recursos do FGTS para gastar nas festas e para recuperar o acesso ao crédito. Segundo Adalberto Santos, diretor executivo da Afamar Recursos Humanos, as empresas pretendem aumentar em até 10% suas contratações de fim de ano. E as seleções de pessoal já começaram.
Com a chegada do fim de ano, é comum as empresas se movimentarem para as contratações temporárias que costumam acontecer nesse período. E a expectativa para 2019 é do aumento de oportunidades de trabalho por causa do reaquecimento do comércio. E a tendência é que o número de vendas aumente por causa da utilização dos recursos liberados do FGTS.
De acordo com o diretor executivo da Alamar Recursos Humanos, Adalberto Santos, as empresas esperam aumentar em até 10% suas contratações de fim de ano. Como a seleção para esse tipo de trabalho já teve seu início, o profissional conta que essa modalidade de trabalho é positiva não apenas para o comércio, mas também para o funcionário contratado. Ele explica como é o procedimento desse tipo de escolha.
“Existe um espaço de tempo que é necessário para seleção, contratação e treinamento, por isso a antecedência. É uma oportunidade de demonstrar sua capacidade de trabalho e dedicação. A média histórica nos mostra que aproximadamente 30% das pessoas contratadas para os extras de final de ano são aproveitadas de forma permanente pelas empresas”, afirma Adalberto,
Adalberto lembra que esse tipo de contratação é regulada pela Lei federal 6.019/74, e isso deve ser obrigatoriamente feito através de consultorias de RH. Empresas interessadas em contratar por esta modalidade devem ter o cuidado de verificar se as consultorias estão em conformidade com as regras federais, e se têm as certidões negativas necessárias para seu funcionamento.
Contratação temporária pode durar até nove meses
Apesar da lei ser de 1974, ela passou por diversas transformações ao longo do tempo. Agora, por exemplo, é possível contratar sob esta modalidade por até nove meses - com contratos de seis meses prorrogáveis por mais três. Adalberto frisa que esta modalidade é válida também para outras épocas do ano, não somente no Natal. Além disso, ele alerta que esse tipo de profissional não deve ser considerado como de "segunda classe"
“A contratação temporária foi usada, por muito tempo, para o reforço da equipe nesse tipo de caso, onde há o aumento pontual da demanda. Mas ela também serve para outros fins, como para cobrir a ausência de outros profissionais por tempo determinado. Para o empregador ela é boa porque não impacta de forma indefinida nos seus gastos com folha de pagamento, e para o funcionário ela é segura porque seus direitos trabalhistas são garantidos. O temporário não é um funcionário de segunda classe, é preciso desmistificar esta questão”, pontua o especialista em RH, frisando que benefícios como auxílio transporte, FGTS, férias e 13º salários são garantidos a estes profissionais.
Trabalho temporário em outros setores
Adalberto explica, ainda, que o comércio ainda é o grande contratante das vagas temporárias, principalmente nesta época do ano. Mas outros setores também estão aquecidos neste tipo de contratação. A chamada alta temporada do turismo aquece as contratações em setores como hotelaria, gastronomia e serviços. Já empresas do ramo educacional, como escolas e universidades, buscam os temporários como reforço para o período de captação de novos alunos e matrículas.
“O importante é que o candidato deve procurar as vagas, e se portar, como se estivesse procurando um posto definitivo. Profissionalismo, ética e boa postura são critérios que nunca deixam de estar no radar de quem seleciona para uma vaga”, alerta.