Nesta sexta-feira (27), o Ministério Público Federal por meio dos Procuradores Regionais da República e dos Procuradores da República signatários, emitiu um despacho pedindo que a juíza da Vara de Execuções Penais do Paraná, Carolina Lebbos, que concedesse a prisão domiciliar do ex-presidente Lula.
De acordo com os ritos jurídicos, a solicitação é comum, pois o réu cumpriu um sexto da pena e isso lhe daria o direito ao regime semiaberto. O documento também destaca o bom comportamento de Lula. Entre os procuradores que assinaram o despacho estão Deltan Dallagnol, Roberson Pozzobon e Laura Tessler. O próximo passo é a defesa se pronunciar sobre a decisão.
Depois da emissão do documento, a deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffman, se pronunciou em seu perfil oficial no Twitter. Ela disse que a estratégia de Dallagnol era mais uma tentativa de golpe.
"Lula tem direito à liberdade plena, seu processo foi viciado, fraudado, c/ foco político, conforme revelações da #VazaJato O STF deve julgar suspeição de Moro e anular o processo soltando Lula imediatamente,sem regime de prisão. Isso é golpe do Dallagnol", escreveu Gleisi.
Por meio do advogado de Lula, Cristirano Zanin, a defesa emitiu uma nota oficial sobre o despacho dos procuradores da Lava-Jato.
"O ex-presidente Lula deve ter sua liberdade plena restabelecida porque não praticou qualquer crime e foi condenado por meio de um processo ilegítimo e corrompido por flagrantes nulidades. Sem prejuízo disso, conversaremos novamente com Lula na próxima segunda-feira sobre o direito em questão para que ele tome a sua decisão sobre o assunto", concluiu Cristiano.