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Primeiro dia do RiR tem como destaque atrações do Palco Sunset

No Palco Mundo, Alok tenta animar plateia e Drake traz polêmicas

Por Edison Corrêa em 28/09/2019 às 02:04:36

Seal levantou a plateia. Fotos: Jorge Hely/Agência Eu, Rio!

Assim que abriram os portões da Cidade do Rock, um público enlouquecido, formado, em maioria absoluta por adolescentes e jovens, correu para pegar o melhor lugar dos shows no Rock in Rio. Com cabelos e modelitos multicoloridos, além do "negro rockeiro", as pessoas se dispersaram nos vários palcos existentes – como Mundo, Sunset, Supernova e New Dance Order – e nos brinquedos – como a tirolesa e a roda gigante, que formavam longas filas. Muitos também procuraram o Espaço Favela, que teve a apresentação de Nós do Morro, Tati Quebra-Barraco e MC Carol, além do Rock District, onde Evandro Mesquita, da Blitz, deu as caras.


Pela primeira vez no festival, Elaine Carvalho, acompanhada do marido roqueiro, chamado apropriadamernte de Renato, trazia consigo uma barriga de oito meses do filho Pietro. "Ele virá ao mundo mostrando a língua", brincou. Ali perto, os amigos Sheila Coelho, Bárbara Shitz, Paulo Matiuzzi e Carlos Pansera faziam pose para as câmeras, curtindo cada minuto daquele momento especial de suas vidas. "Viemos ver o Drake e ir juntos na roda gigante!", gritaram em uníssono. Já Máximo Gimenez levantou a bandeira arco-íris. 'Queremos respeito!', pontuou, referindo-se aos LGBTIs.


Palco Sunset transforma-se num festival de diversidade no primeiro dia

Lellêzinha, recém-saída do Dream Team do Passinho, apresentou-se no Palco Sunset com a cantora luso-brasileira Blaya, conhecida por seu trabalho com o grupo Buraka Som Sistema. Botou o povo pra dançar. Lellê prestou homenagens à vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, e à menina Ágatha Felix, de oito anos, morta há uma semana.


Logo após, Karol Conka, vestida com roupa rubro-negra, fez um show de atitude, marcado por protestos contra a violência sofrida pela população negra, notadamente as mulheres. Em sua apresentação, ela gritou "fogo nos racistas!", enquanto Linn da Quebrada, que apresentou-se com Conca e Glória Groove bradou: "pelo fim do genocídio da população negra, parem de nos matar!'.

Já Mano Brown botou pra quebrar e bagunçou o coreto juntamente com Bootsy Coolins, seu ídolo, que fez parte das bandas Funkadelic e Parliament, além ter tocado na de James Brown. Comandando o baile soul, o cantor fumou e bebeu uísque no palco. Ao final, saiu emocionado com o show.


O experiente Seal, que esteve há quatro anos no festival, sentiu-se à vontade no palco brasileiro. Mesmo com a chuva que teimava em cair, o cantor londrino, que tem pai brasileiro e mãe nigeriana, desceu até a plateia para cantar junto, emocionando seus fãs. Com um repertório de canções românticas, ainda fez um dueto com a cantora baiana Xênia e ganhou o público.


Alok, no Palco Mundo, passeia de Queen a Cidinho e Doca

A queima de fogos acordou o público para a apresentação de Alok, o primeio DJ a pisar no Palco Mundo do festival. O goiano fez um show dançante, entremeado por um set list com sucessos de Queen - participante da primeira edição do RiR - a Cidinho e Doca, dupla que se apresentará no Espaço Favela, com seu 'Rap da Felicidade'. O ponto alto, como não poderia ser diferente, foi o hit 'Hear me now'. Por solicitação de Alok, um mar de celulares iluminados o acompanhou na canção, enquanto frases motivacionais eram colocadas no telão. 'Desculpa o palavrão, mas vocês são f*!', disse o DJ, para delírio do público, que - extasiado e aproveitando-se do momento - xingou o presidente: "Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*!'. Mais festival de rock, impossível.


Bebe Rexha segue caminho de Katy Perry, de quem abria shows

Há três anos, somente aqueles que acompanham a indústria musical conheciam Bebe Rexha, mas suas composições eram incrivelmente tocadas. Um dos exemplos é 'The Monster', parceria entre Eminem e Rihanna, que liderou, em 2013, as paradas de sucesso de 33 países. Em sua apresentação no RiR 2019, Bebe pode, finalmente, cantar sua canção para um grande público. A compositora-cantora - ou vice-versa - ainda fez músicas para Selena Gomez, Iggy Azalea e Nick Jonas. Porém, em sua apresentação, apesar da simpatia em levar fãs para o palco e descer até eles, transpareceu a necessidade de mostrar que é uma grande cantora, como fazia Katy Perry, enganada em certa ocasião pelo playback de seu show 'ao vivo'.


Ellie Goulding, a substituta, faz show 'água (de chuva) com açúcar'

A ativista ambiental e cantora inglesa Ellie Golding substituiu no setlist do festival a ex-stripper e atual rapper Cardi B, que deu o cano na produção do RiR 'por motivos pessoais'. Golding, que faltou a um casamento para apresentar-se ao público carioca, fez um show água (de chuva) com açúcar. "Love like me do', trilha pop do filme 'Cinquenta tons de cinza', logicamente, não faltou, talvez o único momento de comoção e emoção da plateia, preocupada mais com o temporal que se avizinhava e com as outras atrações do festival.

Polêmico Drake apresenta-se sob temporal na Cidade do Rock

O temporal que caiu na Cidade do Rock trouxe com ele as polêmicas do cantor de rap canadense Drake, que já havia chegado ao Rio em seu avião particular, avaliado em R$ 400 milhões, sem receber os fãs que o aguardavam. Antes de entrar no palco, um alvoroço recaiu sobre a Tenda da Imprensa no RiR: o cantor havia proibido a exibição de seu show na TV e a passagem da tirolesa, uma das atrações do festival. Com um cartão de entrada tão negativo, que pegou de surpresa, inclusive, os organizadores, a plateia esperou o astro num burburinho só. Atração principal do Palco Mundo e recordista de streamings, Drake fez uma apresentação recheada de sucessos. O carismático cantor agrupou músicas em blocos estilísticos. No último deles, uma mistura de sensualidade, balanço e interação com o público levantou a Cidade do Rock, talvez o único momento feliz de sua apresentação carioca.


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