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Desembargador e peritos da Justiça realizam nova vistoria que pode reabrir a Niemeyer

Magistrado pediu presença da equipe por ter dúvidas sobre a segurança da via

Por Leonardo Pimenta em 03/10/2019 às 17:10:26

Foto: ASCOM/CÂMARA DO RIO

O desembargador Agostinho Teixeira Filho, da 13ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça, e alguns técnicos do judiciário visitaram, nesta quarta (2), as obras da Avenida Niemeyer na Zona Sul do Rio. O magistrado apresentou dúvidas sobre a segurança da via e solicitou um tempo a mais para analisar o processo e proferir o voto.

"São vidas humanas. A Niemeyer tem precedentes de deslizamentos, pessoas já morreram por causa disso. É um barril de pólvora. Prefiro ter a cautela de analisar melhor a questão para ter a convicção da decisão", disse o desembargador, ao proferir o pedido.

O parecer dos peritos do tribunal decidirá a reabertura ou não da Avenida Niemeyer fechada há 4 meses.

Na última quarta-feira, 25 de setembro, o desembargador Mauro Pereira Martins, que é relator da ação, e a desembargadora Sirley Biondi votaram favoravelmente à reabertura da avenida. Com o pedido de vista, o desembargador Fernando Fernandes, presidente da sessão, também não proferiu seu voto.

Um novo julgamento deverá ser marcado em novembro para definir a questão, já que o desembargador Mauro Pereira está de férias.

Obra na Av. Niemeyer pode estar atrasada por falta de repasses

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara do Rio, responsável para avaliar as obras inacabadas de recuperação da cidade, devido às chuvas do início ano, esteve no início de setembro na Av. Niemeyer. Segundo os vereadores que fiscalizaram os canteiros da obra na Av. Niemeyer, a obra está atrasada, e a falta de repasses do pagamento às empresas contratadas pode ser a causa do problema. A CPI detectou que as máquinas estavam paradas e com poucos funcionários.

"Nós temos recebido denúncias na Comissão que investiga as obras inacabadas de que os contratos foram realizados, mas as empresas não estão recebendo. O que podemos observar é que há um ritmo que não corresponde à expectativa que se tem de uma obra emergencial", disse o vereador Fernando William (PDT).

Já o presidente da Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Santos Reis, acredita que a demora é em função da dificuldade de acesso às encostas.

"A gente conhece o grau de dificuldade que é trabalhar em encostas como estas, com acessos extremamente complexos, mas sentimos que não é um ritmo de quem está trabalhando na Avenida Niemeyer, cujo fechamento está afetando todo o trânsito da cidade. Entendemos que deveria haver uma concentração maior de equipes e equipamentos para tocar as obras em caráter realmente de emergência", disse Luiz Fernando Santos.

O Portal Eu, Rio entrou em contato com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação, para saber o motivo do atraso revelado pelos parlamentares da CPI.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação disse em nota que "os técnicos acompanham a obra de forma permanente, inclusive andamento e prazo. Todas as informações solicitadas pela CPI foram entregues dentro do tempo determinado e a conclusão das obras da Niemeyer não sofreu qualquer alteração, em momento algum. Permanece para o fim de outubro próximo".

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