Quando pensamos em comunicação, uma das imagens que nos vem à mente, é a capacidade que algumas pessoas têm de se expressar, empregar bem as palavras, usar um tom de voz vibrante, contagiar as pessoas e se fazer entender. Se isso acontece, tendemos a julgar que esta pessoa se comunica bem.
É comum em processos seletivos, apresentações e dinâmicas de grupo, ficarmos preocupados com a nossa comunicação, atuação e desempenho, frente as atividades que irão acontecer no processo.
A comunicação, é um valoroso recurso que nos ajuda a expressar ideias, opiniões e a falar sobre quem somos, experiências vividas, relatar nossas habilidades, pontos fortes e competências. Todavia, sabemos que quando alguém está se comunicando, outros fatores somam-se a linguagem verbal (fala), complementam a mensagem e de alguma maneira interferem no resultado da comunicação, podendo dar a sensação de seriedade, segurança, ou gerar incongruências sobre o que estamos falando e principalmente afetar a percepção de quem está ouvindo.
Esse outro complemento da linguagem verbal é chamado de linguagem não verbal. Como linguagem não verbal, entende-se toda a forma de expressão além da fala, tais como: os gestos feitos com as mãos e o corpo, posturas, expressões faciais, movimentações oculares, tom de voz, volume, que somados a fala compõem a mensagem da comunicação. Essa linguagem não verbal, normalmente é empregada de forma consciente, com intuito de dar ênfase às palavras e assunto, bem como também ocorre de forma inconsciente, sem o controle racional e funciona como uma forma reveladora sobre o que está acontecendo internamente com o indivíduo.
Como exemplo, se estamos nos sentindo inseguros ou temerosos isso poderá afetar nosso tom de voz, nossas expressões corporais, faciais, alterar nossa respiração e naturalmente expor nossas emoções e sentimentos. De uma maneira geral a linguagem não verbal expressa o que estamos vivenciando internamente e com isso pode favorecer ou fragilizar nossa comunicação e atuação. Isso passa a ser um alerta sobre a importância e impacto da linguagem não verbal na comunicação.
Segue algumas dicas que podem ajudar e favorecer o nosso desempenho na comunicação em processos seletivos, entrevistas e/ou apresentações.
1. Procure ter um plano estruturado previamente, para fazer suas apresentações pessoais e profissionais. Isto pode ajudar a promover tranquilidade e naturalidade na sua comunicação e deixar você mais relaxado e focado.
2. Antes de sair para a entrevista, trabalhe um exercício de relaxamento utilizando a estratégia de focar atenção na respiração, para gerar harmonia, dissipar a ansiedade e desfrutar de um bom estado emocional durante o processo.
3. Seja verdadeiro com relação a descrição de suas experiências, cursos, conhecimentos, áreas de interesse e valores, quando estamos congruentes com os nossos pensamentos, valores e ações, nossa linguagem verbal e não verbal entram em sintonia e favorecem a comunicação.
4. Acredite no seu potencial e nos recursos que você possui, isso irá ajudar na sua participação.
Indicações de livros para ampliar a visão sobre o tema: Desvendando os segredos da Linguagem Corporal Allan & Babara Pease – Editora Sextante , O Corpo Fala Pierre Weil e Roland Tompakon –Editora Vozes, A Linguagem das Emoções Paul Ekman – Editora Lua de Papel.
Dulce Gabiate – Psicóloga, Consultora organizacional com foco na área de desenvolvimento humano. Treinadora de treinadores em TOP- Tecnologia de Participação ICA Phoenix - Arizona USA, Trainer em Programação Neurolinguística pelo INAP e Coach Executivo, Carreira e Vida pelo ICI e InCoaching, Psicóloga clínica.