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Como lidar com os medos que roubam a paz

*Por Dulce Gabiate, Psicóloga e Consultora organizacional com foco na área de desenvolvimento humano

Em 28/05/2021 às 19:41:20

Todos de alguma maneira, num determinado contexto, já vivenciamos uma situação de medo, uma sensação desconfortável que se reflete no corpo, impacta nas vísceras, gera ansiedade, tira a calma, desequilibra a mente, congela as ações.

Diversas situações podem gerar medo e roubar nossa paz. A perda de ente querido, um assalto, uma briga, o emprego, doenças, uma pandemia ou qualquer outra coisa que seja percebida como uma ameaça ou perda.

O medo é uma emoção básica que nos protege, nos ajuda a ficar alerta. O sentimento de medo é uma reação à mistura de um fato externo real, que age como um gatilho e o significado criado em função da nossa imaginação. É aquela sensação desconfortável que surge quando pensamos estar em perigo.

As sensações do medo nos colocam em contato direto com o nosso corpo, e podemos sentir desde uma suave apreensão até um grande abalo que nos congela e, em muitas situações, nos leva a agir sem pensar. Nascemos com alguns medos básicos: o de cair, de temer ruídos súbitos e altos e o de ser abandonado. Isso, por si só, nos leva a refletir sobre o impacto desses medos nas nossas reações às diversas situações da vida. Os outros demais medos, aprendemos através do exemplo, trauma, por repetição, informação ou crenças.

Existem dois tipos de medo: o autêntico e o irreal ou imaginário. O medo autêntico é uma reação natural ao perigo real e imediato, como uma arma apontada, um acidente, um animal que corre em nossa direção, entre outros. Já o medo irreal surge em decorrência de nossa imaginação sobre o que poderia acontecer. Em ambos os casos, a sensação é sempre real, tanto para o medo real ou imaginário.

O problema é que o medo irreal nos tira do presente, costuma ser para muitos uma grande ameaça ao seu equilíbrio emocional, à saúde física e mental, podendo - quando não trabalhado - atrapalhar o desempenho na vida pessoal e profissional, bem como tornar-se um transtorno com consequências mais sérias.

Por isso, precisamos aprender a distinguir se um medo está respaldado em uma ameaça real ou se estamos alimentando um medo em função da nossa imaginação, que extrapola a realidade e começa a interferir negativamente nos nossos comportamentos.

Seguem algumas dicas:

Se o medo irreal ou imaginário se fortalece em função da nossa imaginação e cria expectativas negativas sobre o que pode ocorrer no futuro e nos leva para um mar de ansiedade, precisamos aprender a ficar no presente e fazer uma avaliação mais consciente se o que nos assusta é real ou não. Aprender a ficar no presente e saber relaxar muda o foco, tira o poder das imagens negativas que criamos e enfraquece o medo.

Uma discussão pode gerar algum transtorno ou não, mas quando usamos nossa imaginação de forma negativa ou depreciativa, podemos entrar num "loopping mental" e criar imagens mentais negativas de possíveis prejuízos, perdas e sofrimentos que atrapalham nossa atenção, motivação, energia e acabam gerando perdas reais. Logo, procure trabalhar com fatos e dados reais e aprenda a conter a tendência de criar imagens e diálogos negativos que roubam a sua paz.

Ficar extremamente preocupado com uma informação ou notícia pode desequilibrar suas emoções e lhe tirar o ânimo, por isso procure a confirmação das informações. Antes de entrar num estado de ansiedade sobre possibilidades negativas, aprenda a respirar e acalmar-se. Quando estamos ansiosos e com medo, prejudicamos o fluxo da respiração e não raciocinamos direito, então pratique respirar com mais consciência.

Faça uma revisão sobre quantos vezes você se sentiu com medo frente a uma suposta situação que foi projetada em sua mente, mas que nunca aconteceu. A quantidade de eventos desta natureza pode surpreender você e lhe mostrar o mal que a imaginação negativa pode causar.

Aprenda a criar imagens positivas e pensar em diversas alternativas para lidar com as situações.

Quando enxergamos possibilidades para lidar com os receios, o medo desaparece.

Procure conversar com amigos para lhe ajudar na avaliação dos seus medos, ouvir outras visões ajuda a dissipar os receios e mudar o foco.

Se você percebe que seus sentimentos e medos estão lhe paralisando e impedindo de viver com tranquilidade, procure ajuda. Boas intervenções e técnicas nos ajudam na libertação dos medos.

Dulce Gabiate – Psicóloga, Consultora organizacional com foco na área de desenvolvimento humano. Treinadora de treinadores em TOP- Tecnologia de Participação ICA Phoenix - Arizona USA, Trainer em Programação Neurolinguística pelo INAP e Coach Executivo, Carreira e Vida pelo ICI e InCoaching, Autora do livro Mudanças – Aprendendo a criar novos comportamentos - publicado pela Agbook.

Psicóloga clínica, realiza atendimentos online Contato e-mail: [email protected]


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