A CPI tenta averiguar os fatos sobre se houve crime ou negligência no combate a pandemia no Brasil e os governistas tentam procrastinar defendendo que o presidente é apenas autêntico. Sob pilhas e pilhas de provas substanciais, vemos claramente que o mandatário maior de nosso país, estimulou e estimula a imunização de rebanho de propósito, não quer comprar as vacinas e claramente desdenham do povo brasileiro. Por que em recente pesquisa, vimos que a maioria da população tem a clara percepção desses fatos de forma robusta? Por que a população sabe que o presidente mente compulsivamente e fica impune? Justamente porque as bravatas são identificadas por essa mesma população como pertencentes a elas também e o presidente tendo substituído todos os cargos de importância estratégica para uma blindagem, dá uma falsa sensação de que ele, apesar de cometer crimes, pode fazer o que quiser. O que também é ruim, sob o ponto de vista de exemplo.
Os governistas defendem que o presidente é apenas autêntico, mas que ele está providenciando as vacinas para o povo e que respeita as normativas de distanciamento social. Mas, mais parece conversa para boi dormir. A todo o momento, vemos o contrário do que apregoam. O ministro Queiroga, que entrou ministro da saúde para obedecer as tratativas, que o presidente determinar e onde ele não abre mão de sua autoridade, no momento do aperto da CPI, resolveu, no último momento, mudar seu tom de ação em relação a pandemia. Resolveu, no mínimo, fazer campanhas pelo distanciamento social e contra a Cloroquina, já que a compra de vacinas o deixa de mãos atadas. A mudança de comportamento para não se comprometer perante a CPI e seu próprio legado como médico é visível.
Eis que domingo reaparece o presidente com sua carreata de motos, formando uma grande aglomeração no Rio de Janeiro, sem máscaras e sem distanciamento social, perto do início do inverno e levando os especialistas em Epidemiologia a loucura, pois cada vez mais fica claro que teremos uma terceira onda mais forte. Em 2020, o Brasil tinha 11 casos de COVID. O presidente e sua comitiva foram aos Estados Unidos, na época de Trump e voltou com 23 infectados. Esse ano descobriram que a variante mais mortal indiana foi identificada no Maranhão, devido a um navio cargueiro estrangeiro. Adivinha onde o presidente foi viajar na última hora e produzir aglomeração, um dia depois de ser descoberta? O pior é promover essa aglomeração por lá e trazer essa variante para o Rio de Janeiro na aglomeração que promoveu um dia depois com sua carreata na orla de Copacabana.
Tal qual Mussolini, que promoveu um passeio de moto em 1933, Bolsonaro, fã do ditador, faz o mesmo para disseminar mais e mais o vírus de propósito pelos dois estados, sem tomar nenhuma advertência ou multa, afinal, no Rio de Janeiro é proibido causar aglomerações e andar sem máscaras. O presidente já compartilhou frases de Mussolini em seu perfil do Twitter e fica claro, que não é mera coincidência. Tem o valor para ele imitar alguém de sua admiração, pois muito foi tirado, de Mussolini e Hitler desde sua campanha, afinal, a extrema direita está pouco se importando se as imagens são claras para o público. Basta você ver que Pazuello falou que teve o descuido quando foi ao shopping sem máscaras e pediu perdão pelo ato e no domingo, mais uma vez, estava sem máscaras. Essa demonstração de que não está se importando com a CPI e seus desdobramentos ficou claro. Se a CPI não estabelecer medidas mais duras, será uma CPI que levará as famosas pizzas calabresas.
Se for para o povo ir para as ruas, que vá protestar, com segurança, para mostrar que a indignação é maior do que o estado de calamidade em que vivemos. Não me deixem mais desiludido do que vivo, aguardando ad eternum a vacina para minha idade.