A liderança se desenvolve dia após dia porque possui muitas facetas, e uma delas é identificar aquilo que me falta de habilidades, e que me apresenta na função de líder - como um espelho. Uma delas é a comunicação.
Uma certa vez, alguém me perguntou como identificar aquilo que lhe falta através da liderança, e eu respondi que basta prestar atenção nas pessoas da sua equipe, identificar e perguntar a essas pessoas se a vida delas tem sido melhor. Adoro essa frase “Quando os líderes são saudáveis, a sua equipe tende a ser saudável, e quando os líderes não são saudáveis, a sua equipe tende a não ser – ou seja, se eu desejo ver comportamentos que julgo saudáveis em minha equipe, a primeira pessoa que tenho que desenvolver esses comportamentos deve ser em mim mesma (o). Aliás, a primeira e mais importante equipe que eu devo liderar antes de pensar em liderar uma equipe maior, sou eu mesma.
E por falar da importância dos treinamentos para oratória e liderança aos executivos, estou convencida de que há um vínculo entre falar em público e liderança. A liderança requer a habilidade de se comunicar de forma eficaz para que produza o efeito esperado, e, comunicar de forma eficaz demanda uma comunicação eficaz. Para mim existe uma relação entre comunicação eficaz e empatia.
Como sabemos, o líder, o executivo, o empresário possui objetivos diversos, e um deles é pavimentar negócios entre empresas de realidades, aspirações e tamanhos variados. Cumprir tal caminho nos obriga a vencer obstáculos, driblar trechos escorregadios, prevenir-se em curvas traiçoeiras e cruzamentos perigosos, variar a velocidade da nossa jornada, diante das condições que se apresentam.
O ideal é que seja sempre assim:
Quem dera, né? Sabemos todos que o cotidiano da vida empresarial tem mais obstáculos e armadilhas na viagem de todo dia. No vaivém do mercado, na rivalidade com a concorrência, no trato com fornecedores, clientes, parceiros, colaboradores, funcionários, na administração dos solavancos da economia, nossa estrada tem uma cara um pouco diferente...Isso, claro, na mais amena das hipóteses, não?
Como pavimentar nossa estrada? Como tornar nossa viagem mais segura e compensadora? Que rumo seguir na direção da prosperidade? São, claro, incontáveis respostas, influenciadas por inúmeros fatores. Há, porém, algumas estratégias, que, utilizadas com sabedoria, formam o combustível apropriado para nos conduzir à frente.
Uma delas é a comunicação.
A rota na direção da concretização dos negócios – e, por extensão, da prosperidade – passa obrigatoriamente pela comunicação bem-feita, competente, objetiva, precisa, transparente. Olhem a estrada novamente: funciona como a comunicação – quanto mais sólida, iluminada, pavimentada e bem cuidada ela estiver, maior será o potencial para materializar os negócios. E aqui, amigos, não se pode andar numa só direção. A preocupação deve ser, de novo, com parceiros e fornecedores, funcionários e clientes, colegas e colaboradores. Quem se comunica da forma apropriada, coleciona rótulos preciosos – o arrojo, a competência, o esmero, a eficiência, a honestidade, o resultado. Mas como chegar lá?
Comecemos a viagem pelo reconhecimento de uma verdade inconveniente: a maioria de nós, humanos, se comunica, mas não se conecta. Deixamos emoções e crenças preconcebidas nos influenciar, produzindo obstáculos invisíveis – muitas vezes, intransponíveis.
Porque muitas vezes fracassamos ante à dificuldade de nos sentirmos no lugar do outro. De exercitar... a empatia.
É exatamente isso – a maioria das pessoas confunde simpatia com empatia. Pensemos em nós mesmos, brasileiros. Desfrutamos da fama planetária de ser um povo alegre, simpático, caloroso, acolhedor – e é tudo verdade. Nós nos comunicamos muito bem. Mas padecemos, também, de uma dificuldade para se colocar no lugar do outro. Aqui mora a diferença entre comunicar e se conectar. (Percebam como até o idioma vem nos socorrer: o verbo conectar, reflexivo, pede o uso do pronome. Porque quer dizer unir, juntar, acoplar, fixar.) Ou seja: a comunicação de qualidade exige – vou repetir: EXIGE – conexão entre as pessoas e para que haja conexão com as pessoas.
Para isso, é essencial que exista empatia. Esse é o ponto-chave da conexão. E a simpática sociedade brasileira vai mal demais na empatia. Uma pesquisa feita pela Universidade de Michigan, em 2016, deixou-nos em 51º lugar, num ranking mundial da característica. Uma ladeira íngreme e penosa, que surge na nossa estrada. A empatia, claro, começa por nós mesmos - e ela vai se estabelecer somente com nossa evolução num processo de autoconhecimento. Sem nos conhecermos, fica impossível ouvir os outros. Vejo, frequentemente, pessoas se afastando de pessoas, pela simples ausência de uma auto pergunta: estou pronto a entender meu interlocutor na medida – ou na profundidade – correta?
Para usar a linguagem de hoje em dia: comunicar apenas não dá liga entre as pessoas – precisa de conexão. Comunicar somente não traz as referências dos sonhos, mas se conectar, sim. Conexão não tem nada a ver com a quantidade de pessoas que você conhece, mas sim a qualidade dos relacionamentos que você cultiva. Conexão é entrega, empatia é conexão – todo mundo quer ser aceito, todo mundo quer ser acolhido, todo mundo quer ser amado. Todo mundo quer sentir empatia no outro, Eu me sinto completamente excluída quando compartilho algo que está me incomodando e não percebo a pessoa comigo. Sinceramente, me arrependo até de ter falado, e você?
As pessoas não podem ser bem sucedidas na vida sem uma comunicação efetiva. Podem trabalhar duro, ter os melhores cursos, os diplomas mais badalados - e nada adiantará sem a conexão correta. E a nossa estrada tem um longo trecho em mão dupla. Ele começa agora, com o feedback! A importância do feedback surgiu, na minha vida, quando eu tinha receio de meu interlocutor não gostar do que eu ia dizer. Descobri, em meus estudos, que o controle do feedback está com a pessoa que recebe e não com a que está oferecendo as informações. E tudo na minha vida mudou.
Descobri, por exemplo, que vários líderes de empresas pelo mundo têm a mesma dificuldade – e o feedback aparece no topo de todas elas.
Feedback são todas as informações disponíveis sobre você, sobre como estamos afetando as outras pessoas e o mundo. Feedback é sobre como enxergam você na plateia. Trata do meu relacionamento com o mundo e o relacionamento do mundo comigo. (Olha a mão dupla aí, gente!)
É através do feedback que as pessoas crescem pessoal e profissionalmente. Ele cria um engajamento de equipes, facilita os líderes a aproveitarem ao máximo a capacidade dos seus liderados, com numa fábrica de produzir liderança.
Vocês consideram que as conversas sobre feedback em sua equipe estão funcionando como queriam ou precisam que estejam? Mas organizações gastam bilhões todos os anos para ensinar pessoas a darem feedback e isso não resolve o problema. Por quê? Por que é tão difícil receber feedback? Não tenha dúvida: todas as pessoas que trabalham com você possuem uma lista do que você faz para dificultar o trabalho delas.O feedback pode ser das experiências mais dolorosas da vida, mas por que não fazer diferente? Por que não ter um sistema de aprendizado que não envolva dor? Quem recebe é que está no comando. É quem decide que informação aceitar, que conclusão quer tirar, que mudança implementar - e como fazê-la.
As pessoas fazem ao contrário e por isso que talvez devêssemos tentar descobrir o que dificulta o recebimento do feedback. Este treinamento é para transformar o recebimento do feedback como habilidade na qual todos podem melhorar.
Tem tudo a ver entender melhor com a dor para aprender mais rápido. Precisamos aprender que embora se use a palavra feedback de modo generalizado, na verdade existem 3 feedbacks com propósitos diferentes: avaliação, coaching e reconhecimento.
Quanto de feedback está dando para sua equipe? Quanto de feedback tem recebido e o que gostaria de receber mais? Toda equipe precisa de quê? Dos três tipos de feedback para se ter sucesso.
Estudo americano aferiu que 97% dos trabalhadores não se sentem valorizados no trabalho, sendo esse seu principal motivo de sair do emprego. Pessoas que não recebem feedback se perguntam se ela faria falta ou se ela existe.
Fonte: Portal Eu, Rio!