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Universidade do Carnaval chega para revolucionar a formação no setor

Cultura Tropical, Por Alvaro Tallarico, Pós-Graduado em Jornalista Cultural/UERJ

Em 18/01/2025 às 16:16:44

A Prefeitura de Maricá lançou oficialmente a Universidade Livre do Carnaval (ULCAMAR) e a Rede Brasileira de Estudos do Carnaval (REBECA), na última sexta-feira (17), em um evento no Cine Henfil. A iniciativa busca qualificar profissionais da folia e impulsionar pesquisas acadêmicas sobre o setor, consolidando a cidade como referência na economia criativa do Carnaval.

O primeiro curso, voltado para aderecistas, começou em 2024 e atende 300 alunos na Casa das Artes Carnavalescas, em São José do Imbassaí. A previsão é que até 60 cursos técnicos e livres sejam oferecidos, com novas turmas a partir de março, conforme as demandas da economia criativa. Durante o evento, a primeira-dama Gabriela Lopes Siqueira destacou a importância da qualificação profissional na festa popular que movimenta milhões de pessoas e gera oportunidades de emprego ao longo de todo o ano.

A ULCAMAR surge como um espaço para capacitar trabalhadores de diversas áreas envolvidas na festa, indo muito além das escolas de samba. O secretário de Cultura e das Utopias, Sady Bianchin, destacou que a iniciativa oferecerá cursos técnicos, cursos livres e pós-graduação lato sensu, com módulos em consultoria, gestão e produção de Carnaval. Segundo ele, a universidade quer preparar desde quem trabalha na confecção de fantasias e alegorias até quem atua na organização dos desfiles e festividades populares.

“O Carnaval não se resume apenas ao desfile, ele movimenta uma cadeia produtiva que inclui costureiros, cenógrafos, músicos, dançarinos, produtores, figurinistas, soldadores, iluminadores e diversos outros profissionais. São mais de 60 profissões ligadas direta ou indiretamente a essa economia criativa. Nosso objetivo é capacitar essas pessoas para que tenham oportunidades durante todo o ano, e não apenas no período pré-Carnaval. Queremos transformar Maricá em um polo de formação e inovação para essa indústria que emprega milhares de pessoas e mantém viva a nossa cultura”, afirmou Sady.

Ele também enfatizou que a ULCAMAR busca integrar diferentes manifestações carnavalescas, indo além das escolas de samba do Rio de Janeiro. “O Carnaval brasileiro tem uma diversidade imensa. Estamos falando dos blocos afro da Bahia, do maracatu de Pernambuco, do Bumba Meu Boi no Maranhão, entre outras manifestações que fazem parte da nossa identidade cultural. Queremos que a universidade seja um espaço que dialogue com todas essas expressões e contribua para o fortalecimento do Carnaval como patrimônio cultural e econômico.”

A universidade terá apoio de diversas instituições, como o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), além das escolas de samba União de Maricá e Estação Primeira de Mangueira. Paralelamente à ULCAMAR, foi criada a Rede Brasileira de Estudos do Carnaval (REBECA), que terá um papel fundamental na pesquisa e desenvolvimento acadêmico sobre o setor.

“A Universidade do Carnaval une tradição e modernidade, garantindo mais dignidade para quem faz essa festa acontecer”, afirmou Evelyn Bastos, diretora cultural da Liesa e reitora da ULCAMAR. Ela reforçou que o projeto oferece um novo horizonte para aqueles que dedicam suas vidas ao Carnaval, muitas vezes sem acesso a uma formação especializada.


O presidente do ICTIM, Cláudio Gimenez, destacou que a ULCAMAR terá uma estrutura que permite ao aluno iniciar sua trajetória com cursos de qualificação e, futuramente, alcançar a graduação dentro da área do Carnaval. O presidente da Codemar, Hamilton Lacerda, também ressaltou que a universidade é um passo importante para a profissionalização dos trabalhadores do setor, abrindo novas oportunidades e fortalecendo a economia local.

Para muitas pessoas, a criação da ULCAMAR representa uma chance real de se profissionalizar dentro de um setor apaixonante. A moradora de Cordeirinho, Lúcia Maria Vanderlei, de 59 anos, comemorou a novidade e já planeja se inscrever em um dos cursos oferecidos.

“Desde criança, sempre gostei de Carnaval. Agora, posso aprender mais e, quem sabe, trabalhar na área. Estou animada para começar logo”, disse Lúcia.

Após a cerimônia, o evento se transformou em uma grande celebração, com apresentações do cantor Rafael Caçula, do grupo afro Ilê Aiyê e das escolas de samba União de Maricá, Mangueira e Grande Rio. O clima de festa marcou o início de um novo capítulo para o Carnaval brasileiro, unindo formação, pesquisa e valorização cultural.

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