Os principais tipos de Umbanda:
1. Umbanda Branca ou de Linha Branca
Também conhecida como Umbanda de Mesa, essa vertente enfatiza a pureza moral e espiritual, priorizando práticas mais próximas do Espiritismo Kardecista. Ela evita o uso de elementos mais ritualísticos e mágicos, como oferendas e trabalhos com exus. As sessões são geralmente mais calmas, focadas na caridade e na doutrinação espiritual, com cânticos e preces mais suaves.
• Enfoque: Elevação espiritual e moral, práticas de caridade e aconselhamento espiritual.
• Espíritos incorporados: Pretos-velhos, caboclos e crianças.
É a forma mais difundida e flexível de Umbanda, que mantém o sincretismo entre as tradições africanas, indígenas e europeias. A Umbanda Popular utiliza elementos do Candomblé, como o culto aos orixás, além de incorporar o trabalho com exus e pombagiras, espíritos associados à proteção e resolução de questões do cotidiano.
• Enfoque: Assistência espiritual, cura e resolução de problemas materiais e emocionais.
• Espíritos incorporados: Pretos-velhos, caboclos, exus, pombagiras e crianças (erês).
Essa vertente foi influenciada por conceitos teosóficos e ocultistas, sendo introduzida por W. W. Matta e Silva. A Umbanda Esotérica procura explicar a espiritualidade e as entidades de forma mais filosófica, integrando conceitos de hermetismo, alquimia e astrologia. Seus rituais e práticas são mais voltados para a elevação espiritual do indivíduo.
• Enfoque: Desenvolvimento pessoal, evolução espiritual e compreensão esotérica do universo.
• Práticas: Menos ritualísticas e mais voltadas para a meditação e estudos espirituais profundos.
Esse tipo de Umbanda tem uma forte influência do Candomblé e das religiões de matriz africana. Nela, há um culto mais acentuado aos orixás, com rituais que se aproximam do candomblé, incluindo o uso de atabaques, danças e oferendas específicas. Embora tenha sincretismo, essa Umbanda mantém um caráter mais "africano" em seus ritos.
• Enfoque: Culto mais detalhado aos orixás, mantendo algumas práticas de Umbanda, como a incorporação de caboclos e pretos-velhos.
• Práticas: Danças e cantos mais elaborados, uso de atabaques e uma ênfase nas oferendas.
A Umbanda Traçada é uma vertente que mistura elementos da Umbanda com outras tradições espirituais, principalmente o Candomblé e o Quimbanda. Nela, há um sincretismo ainda mais evidente, com maior foco em rituais de magia e na atuação de exus e pombagiras, além do culto aos orixás.
• Enfoque: Práticas mais ritualísticas, uso de magia para resolução de problemas e cultos aos orixás.
• Espíritos incorporados: Pretos-velhos, caboclos, exus, pombagiras, erês e orixás.
Essa vertente foca mais na espiritualidade dos caboclos (espíritos de indígenas). Os rituais são direcionados à sabedoria indígena, à cura e ao contato com a natureza. As cerimônias incluem danças e músicas que evocam o espírito da floresta e da terra, e muitas vezes dispensam o uso de elementos de outras tradições.
• Enfoque: Conexão com a natureza e a espiritualidade indígena.
• Práticas: Rituais ao ar livre, ênfase no uso de ervas e na força da natureza.
Essa linha traz uma influência marcante das tradições banto e das religiões africanas da região de Angola. O culto aos orixás é substituído ou complementado pelos inkices, que são divindades do panteão banto. Os rituais seguem um padrão mais tradicional, com uma forte ligação à cultura africana.
• Enfoque: Práticas com elementos banto, culto a entidades africanas e ênfase nas tradições de Angola.
• Práticas: Uso de ritmos e cantos tradicionais africanos, com um culto específico aos inkices.
A Umbanda Sagrada foi sistematizada pelo sacerdote Rubens Saraceni, sendo uma vertente que organiza os ensinamentos e práticas da Umbanda de maneira mais doutrinária. Nela, há uma visão mais ordenada dos sete princípios da criação (as sete linhas de Umbanda), onde os orixás e entidades seguem uma estrutura mais detalhada.
• Enfoque: Estrutura doutrinária e prática bem definida, com foco no desenvolvimento mediúnico e espiritual.
• Práticas: Uso de fundamentos de magia divina, com uma abordagem mais didática das linhas espirituais.
Essa vertente mantém um sincretismo mais forte com o Cristianismo e o Catolicismo, com um foco maior na figura de Jesus Cristo como o maior guia espiritual. Os rituais são mais simples, e muitas vezes há uma grande ênfase em preces e cânticos que remetem à tradição cristã.
• Enfoque: Sincretismo com o Cristianismo, preces e louvor a Jesus Cristo e aos santos.
• Espíritos incorporados: Caboclos, pretos-velhos, crianças e exus, mas com menor destaque para o culto aos orixás.
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