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Live Commerce é o futuro do varejo

Digi & Tal, Por George Soares, Jornalista

Em 20/04/2022 às 21:39:38

Hoje nem tanto, mas nos anos 90 e início dos anos 2000 era comum vermos na TV aberta, em uma faixa de horário, apresentadores vendendo absolutamente de tudo: de cogumelo emagrecedor, aparelhos de ginástica a jóias e até gado. O mundo se digitalizou e, agora, tudo pode ser feito à palma da mão.

Ainda incipiente no Brasil, o chamado live commerce é tendência em todo mundo. Criado na China em 2014, essa nova modalidade de vendas vem se tornando o próximo grande objetivo das empresas e lojas de varejo. Trata-se de uma fusão das lives e do já conhecido e-commerce. Essa mistura consegue dar aos potenciais clientes a confiança e a capacidade de encontrar respostas para suas perguntas que, de outra forma, os impediriam de adicionar um item ao carrinho. Esse cenário foi potencializado pela pandemia do COVID-19, que só levou mais consumidores chineses a experimentar esta nova forma de fazer compras. Os números confirmam a tendência do Live Commerce. Em 2016, essas transmissões vivo chegaram à marca de US$ 5 bilhões em vendas. Em 2018 o montante chegou a US$ 10 bilhões. Para este ano de 2022, a previsão é que atinja US$ 19 bilhões em vendas no setor.

Hoje, o comércio eletrônico de transmissão ao vivo conecta predominantemente consumidores a comerciantes (B2C). Há um tremendo potencial para que esse modo de venda seja incorporado no espaço B2B, acelerado pelas restrições de fabricação provocadas pela pandemia. É muito mais complexo, dado o número de partes interessadas envolvidas, desde os fabricantes até os despachantes e os varejistas. Normalmente, há uma falta de personalização nas transações B2B.

À medida que o 5G se torna popular, o conteúdo que os usuários consomem em seus telefones evoluirá (potencialmente de vídeo para Realidade Aumentada - AR - ou Realidade Virtual). Assim, o Live Commerce poderá em breve ser ainda mais envolvente e animado, pois os usuários poderão percorrer as lojas com seus influenciadores favoritos e até experimentar maquiagem ou roupas em tempo real. Aqui ainda cabe uma ressalva de provável utilização de NFT’s nas compras.

Todo o espaço de transmissão ao vivo ainda é novo e está em constante evolução. À medida que fica claro que o modelo está funcionando, ele é propenso ao uso indevido, pois as empresas podem enganar os consumidores por meio do conteúdo online ou enviar produtos de qualidade inferior ao que foi mostrado.

De modo geral, é preciso que autoridades competentes monitorem de perto o mercado de transmissão ao vivo para que plataformas, empresas e influenciadores possam esperar mais regulamentação em um futuro próximo. Por outro lado, está ficando cada vez mais desafiador para as empresas mais novas entrarem no mercado de transmissão ao vivo, já que os operadores históricos dominam a atenção dos consumidores. Teremos de ver como os livestreamers usarão criativamente a plataforma em um futuro próximo para promover produtos em todos os setores.


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