Fascismo tupiniquim

Um livro necessário nos tempos atuais é 1984, de George Orwell. No momento em que a “desnecessária” cultura, apregoada pelo governo atual, não só foi retirada do status de ministério, suas verbas para impulsionar a cultura tradicional e popular foram diminuídas, temos a horrenda fala do agora ex-secretário de cultura Ricardo Alvim copiando a fala do nazista Goebbels. Esse limite foi passado, até para a extrema-direita que não admite que o ideal fascista seja mostrado sem ser velado. Mas a corda estava sendo puxada pelo governo e se por acaso, depois dessa fala, não tivesse tido alguma reação da população, o vale-tudo estaria legalizado.

“Quem controla o passado dirige o futuro. Quem dirige o futuro conquista o passado! ” Temos conhecimento do Fascismo tupiniquim e criamos uma vertente nacional: Integralismo. Mas porque não aprendemos com o nosso passado, como os Alemães? Aqui, temos uma elite conservadora sem instrução que se locupletou do escravismo e que mantém a ideia que educação é apenas para a mesma elite. Para o povo em geral, nada. É melhor para formar uma massa obediente. Por isso, a insistência de vida a favor da libertação através da educação preconizada por Darcy Ribeiro.

“Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir. ” O idealizador do Integralismo, Plínio Salgado (que teve adeptos mais de 600 mil pessoas), lutava em artigos falando sobre as ideias do “verdeamarelista”, que valorizava a cultura nacional e trabalhava em prol de uma “revolução nacionalista”. E como a chegada de Vargas a presidência, deu-se o início a aproximação do governo com as ideias fascistas de Mussolini. Conhecemos bem esse período no Brasil e no exterior. A falta que faz uma boa leitura, meu pai.

“É preciso muito esforço para saber e não saber, ter consciência da completa verdade ao contar mentiras cuidadosamente construídas, para manter simultaneamente duas opiniões, sabendo que são contraditórias, e acreditar em ambas. ” Com os chamados terceiro mundo (Brasil, Rússia, Índia, África e China) tendo muita força e o chamado primeiro mundo ruindo em suas economias, era preciso ardilosamente acabar com essa farra dos mais pobres. Tudo foi feito pela direita no mundo para, com apoio da mídia e centrais de comunicação via internet, para disseminar ódio e um levante. O que não contavam é que os líderes que mais apareceram forma de extrema-direita. Abriram os ovos do fascismo através das fake News. Aqueles nazistas adormecidos, agora exibem a suástica em praça pública com orgulho. Não existe resistência da polícia. Um livro importante para isso seria o de Madeleine Albright chamado Fascism: A Warning. Aí você pensa, como o Brasil chegou a o ponto de eleger nazifascista? Bom está aqui explicado, a internet foi o maior fomentador da extrema direita no Brasil, com a benção de Steve Bannon.

“ Nada vai mudar se o poder continuar nas mãos de uma minoria privilegiada. ” O caso do secretário Alvim foi realmente a gota d’água. Um edital concebido e elaborado por muito tempo, com assessores, sob a ótica fascista, com um texto citando Goebbels no telepront, com o cenário idêntico aos que os nazistas faziam no passado, mais Wagner ao fundo é muito escancarado. Para o governo, pode ser, sem demonstrar claramente como foi. O caso Roberto Alvim não é uma exceção. Alvim foi escolhido a dedo pelo presidente, por ser muito extremista, e de tempos atrás ter causado problemas com toda a classe artística. Horas antes do pronunciamento foi elogiado por Bolsonaro. Mas o tirar o verniz não caiu bem na sociedade como um todo, assim como para a comunidade mundial. A busca por outro extremista vai continuar, mas dessa vez, com mais orientação.

“ O que é característico da vida atual não são a insegurança e a crueldade, mas sim a inquietação e a pobreza. “ Que as verdadeiras preocupações assolem a população e o levante contra o fascismo aconteça em breve.

Meu Deus, quando será que o Brasil finalmente fica adulto?

P.s. – Frases de George Orwell no início das frases.