O novo seriado da Marvel, em desenho animado, que já foi um sucesso nos anos 70 no Brasil, é o What if. Em português era: E se...Para quem está começando a assistir a Marvel pelos filmes e seriados vai ver certa coerência na linguagem do universo MCU. Para quem é leitor das antigas como eu, que comprava vários títulos para acompanhar essa linha de tempo, se lembra das histórias do E se? Nesse momento, o multiverso foi aberto ao final da 1ª temporada de Loki, e agora começa um número de realidades alternativas ramificadas no tempo e no espaço . O desenho animado em 3D tem um visual muito bom e um trabalho de alta qualidade em termos de cores e texturas, fora que são dublados por seus respectivos atores de live-action. Lembro-me de um quadrinho que me marcou que foi a história em que o Homem-Aranha tinha seis braços. Fez tanto sucesso que depois ele apareceu lutando contra Morbius em um aranhaverso como representante do Universo 92100 e teve outras histórias, mas acabou morrendo em uma luta.
De qualquer forma, estes arcos de multiversos, são uma estrutura de pensamento interessante. Possibilidades de exercício de pensamento infinitas. Podemos fazer esse exercício com nossa realidade também. Se pensarmos que a cartilha de ações de Bolsonaro é do Steve bannon, ex-Estrategista-chefe da Casa Branca, podemos participar de um universo filosófico para pensar nessas realidades. Tempos atrás Bolsonaro cancelou o Censo, dizendo que era por falta de dinheiro, porém, fazia parte da cartilha de Bannon. Onde a manipulação do Censo foi algo que Bannon aconselhou Salvini, na Itália, Orbán, na Hungria, e Trump nos EUA. Bolsonaro chegava até a copiar twittes do Trump. O capítulo mais recente foi a guerra para a força colocar em xeque a idoneidade das urnas eletrônicas, que hoje é página virada.
Virada para o país, mas tendo Bolsonaro como candidato, haverá muita luta e algo parecido com a invasão ao Capitólio por aqui, afinal, ao invés de lutar contra a Pandemia, o presidente passou a armar com mais facilidade a população não como um projeto de segurança pública, mas pensando em alguma insurgência armada por parte do povo. Muito ainda será colocado para manter o caos no país, afinal, é a única forma para criar cortinas de fumaça para aprovar destruição em votações importantes e temáticas na imprensa que cheguem ao presidente ou a seus filhos. Mas, nesse momento, com baixa incrível em sua popularidade, enfrenta brigas internas em sua família, com membros sem falar com outros. Mas o novo capítulo é a guerra com o STF.
E se Bolsonaro tentar fechar o STF? Não seria uma novidade para aqueles que odeiam democracia. Para aqueles que querem governar como ditadores. Porém, nem mesmo na ditadura militar o STF foi fechado, mas o número de membros foi ampliado, cassou ministros e enfraqueceu os poderes do judiciário contra a cúpula da autoridade militar. Floriano Peixoto também enfrentou problemas com o STF e em 128 anos, apenas cinco indicados pelo presidente para ocupar vaga de ministro do STF foram barrados pelos parlamentares. Todas as rejeições ocorreram no governo do marechal Floriano Peixoto. Bolsonaro entra com processo contra ministros do STF e pede através de seu ministro que haja pacificação entre os poderes. Mas se ele tentar fechar o STF? O que pode acontecer é que teremos um dos mais de 100 pedidos de impeachment aberto e os processos abertos contra os filhos será apressado, para que as instituições sobrevivam acima de uma pessoa. Um país será sempre maior que um cidadão. E o futuro de Bolsonaro seria o banimento da política e o enfrentamento de processos intermináveis da justiça nacional e internacional.
Com certeza, não teríamos o STF fechado. Esse multiverso já sabemos o final, mas ficaríamos curioso apenas para saber como seria essa tentativa. Mas vamos deixar para outro texto.